Podemos ser demasiados bondosos, demasiado solidários, demasiado benfeitores, demasiados ajudantes. Será que num mundo cada vez mais carente, podemos dar nos ao luxo de dispensar ou evitar todo o bem que uma pessoa possa querer dar?
Claro que sim.
Simplesmente pelo facto de que tudo em excesso é sempre mau. Os extremos são prejudiciais. Podemos exagerar ao ajudar uma pessoa idosa a passar a passadeira? Claro que sim, o idoso pode se sentir incomodado pela ajuda, pode não entender as nossas boas intenções ou pior ainda pensar que lhes queremos mal, ou pode querer saber onde vai o seu limite. Mas tendo uma ajuda, esse limite torna-se enganador.
Podemos ajudar para sempre um pais empobrecido com todo o arroz do mundo? Claro que não, pois se o país não aprender a cultivar o seu próprio arroz, então ficará sempre dependente de terceiros. Tal como a velha história de que não devemos dar um peixe a um pobre, mas mais vale dar-lhe uma cana de pesca e ensinar-lhe a pescar.
É assim que as pessoas crescem, sentido dificuldades e ultrapassando obstáculos. Se necessário aprender com os erros.
Agora se estamos sempre a ajudar e a retirar esses obstáculos da frente, então uma pessoa não evolui, fica dependente de terceiros.
É por isso que eu acho que devemos saber ser um pouco individualistas. Ajudar é bom. Melhor, é óptimo. Ser solidário. Já disse isto noutras ocasiões: me encanta ayudar el otros. Adoro trazer felicidade aos outros. Eu fico feliz só por ver o próximo feliz.
Mas não podemos deixar que os outros dependam exclusivamente de nós. Ensinar-lhes a ser autodidactas. Ensinar-lhes a pensar e a raciocinar. Ensinar-lhes a ser criativos e espectaculares. Ensinar-lhes a ser independentes. Porque amanhã eles poderão ser o nosso futuro.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Bom de mais.
Autor Daniel aka DnlCY à(s) 00:20:00
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