De mito para mito

Até à uma semana atrás, o Osama Bin Laden era procurado como o principal inimigo dos Estados Unidos e o maior simbolismo do terrorismo no mundo. O seu desaparecimento do mapa depois do 11 de Setembro sempre foi uma incógnita. Seguiram-se os bombardeamentos às montanhas do Afeganistão onde se suspeitava que ele se tivesse refugiado. Tudo isto levava a que o mito sobre a sobrevivência de Bin Laden fosse crescendo.
Será que morreu numa gruta na altura dos bombardeamentos? Será que continuava vivo ou já faleceu? Os vídeos divulgados serão autênticos e recentes? Não serão gravações antigas e alteradas? Será que alguma vez será capturado?
Domingo passado ao final da noite chegou uma resposta. Começaram a sair notícias que Bin Laden tinha sido capturado e morto por agentes especiais dos Estados Unidos da America. Passado quase 10 anos desde o mítico dia 11 de Setembro de 2001, esta era a notícia mais aguardada por muitos dos americanos.
Mas porque todo este processo está envolto em secretismo e nem sempre as informações são as mais detalhadas. Muitas são as dúvidas sobre a realidade do acontecimento. E assim dá azo para crescer um novo mito.
Será que a operação foi real? Será que mataram na realidade o verdadeiro Bin Laden? Não poderia estar morto há mais tempo? Novo acto eleitoral se aproxima nos Estados Unidos, e por isso que melhor notícia existiria do que esta para garantir votos?
O presidente Obama fez o anuncio oficial. Mas optaram por não revelar as provas, nomeadamente os registos fotográficos. O próprio grupo Al-Qaeda confirmou o falecimento do seu líder.
Mas a verdadeira realidade nunca irá ser conhecida ao público em geral. Por isso será uma questão de fé nas palavras das pessoas. Confiança na informação. Aceitação de uma realidade que nos é imposto.
Todos os dias chegam-nos notícias que carecem de confirmação. Muitos são os mistérios do mundo. Realidades não contadas. Visões omitidas. Esta será mais uma delas.