quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dia Europeu...com carros...

Na semana passada teve lugar a Semana Europeia Sem Carros. Finalizado no dia 22, o Dia Europeu Sem Carros. E que por acaso dá que pensar.
Há uns anos ligava mais a estas iniciativas. Também é um facto que na universidade tens outra disponibilidade. Mas quando uma pessoa tem um carro...a comodidade e a liberdade é outra.
Mas nem tudo são rosas e um dos maiores desafios ao usarmos o carro é o transito e o estacionamento. Então numa cidade movimentada as dificuldades aumentam. E ai faz-nos pensar se a comodidade e a liberdade é assim tão real.
Sou o primeiro a dizer que se tivesse que trabalhar dentro de Lisboa, principalmente com acesso fácil ao metro, que os transportes públicos são o caminho. Aonde é que agora tenho que comprar o passe?
E na realidade até devo dizer que as últimas vezes que fui sair para o Bairro Alto, o bólide ficou parado em casa:)
Mas o mesmo não aconteceu este sábado. O dia madrugador começou logo cedo para irmos visitar as Galerias Romanas debaixo da Baixa Pombalina. Bem nice:). Plano inicial seria apanhar o metro até à Baixa. Mas assim que nos metemos dentro do carro para apanhar umas estações mais perto, quando demos por nós... já estávamos no Rossio. É um facto que as 8h da matina, não há transito. E que a viagem de carro ajudou-nos a chegar mais cedo à fila de espera. Mas por uma vida, por hábitos, por rotinas mais saudáveis e amigas do ambiente, será que valeu a pena?
Isto foi de manha, e à tarde? À tarde fui à inauguração da Exposição de Outono/Open Studio 2010 do Ar.Co em Almada. Mais uma vez ponderou-se ir de boleia e voltar de comboio. Mas no final acabamos por decidir ir no próprio carro e apanhar o habitual transito de ponte 25 de Abril. Contudo penso que ganhamos no espaço temporal, naturalmente o maior risco de usar o comboio.
Como por exemplo aconteceu quando este ano fui ao Avante ter com os "camaradas". Sabemos que o transito e o estacionamento não é fácil, então decidimos apanhar os transportes públicos até ao recinto. Comboio primeiro, autocarro segundo. Mas logo com o primeiro, perdemos a carruagem por uns minutos e lá que tivemos obrigatoriamente de esperar meia hora pelo próximo. Depois disso, tranquilidade até ao destino final. Mas neste caso o maior reverso da medalha foi o regresso. Os comboios terminam à uma da manha. Festas destas merece noite dentro. Então alternativas seria apanhar um táxi de regresso à Capital. E assim foi, o problema é que não é fácil apanhar um de uma dúzia de táxis autorizados a trabalhar na margem sul. Resultado: horas à espera de um.
Por isso, depois de ter deixado de andar de bicicleta, de não andar a correr, e de ir de carro para todo o lado...será que ando a cumprir com os meus ideais em troca do comodismo?
Enfim, como tudo na vida, eu acho que não há lugar para extremos. Em qualquer situação há pontos fortes e fracos. E são esses pontos que há que ponderar caso a caso. Porque se ar puro e saúde é qualidade de vida. Tempo e sanidade mental também o são.
Eu sinceramente gostava de poder depender menos do carro. Nem que seja pelos custos numa altura de crise. Mas naturalmente também pelo ambiente.

1 comentário:

Fric disse...

Anda à boleia :)