quarta-feira, 23 de abril de 2008

Recompensa

Hoje era para escrever sobre mais um grandioso tema.
Mas não.
Depois do que umas semanas desgastantes há que relaxar e descansar. Mentalmente e fisicamente. Até porque o dever foi totalmente cumprido. Mais do que merecido.
Acho que em tudo devia ser assim. O modo de estar na vida deve contemplar a recompensa pelo esforço do dia a dia. Por vezes é complicado, devido às circunstâncias. Mas se há margem, acho que sim.
Se olharmos num perspectiva de um emprego, mensalmente somos pagos pelo que nosso trabalho. Mas se devido às circunstancias exigir um esforço extra. Acho muito bem que depois possa haver algum tipo de bonificação (financeiro ou temporal). Só deixa o trabalhador satisfeito e com total disponibilidade para futuros imprevistos.
Contudo hoje é uma recompensa pessoal. Dediquei-me a não descurar no emprego e cumprir o meu plano de estudo. Infelizmente tive que abdicar de algumas coisas, pois não se pode fazer tudo. Mas cheguei ao fim. E com ambos objectivos cumpridos com distinção. É gratificante.
Agora é o descanso do guerreiro, pois amanha novos objectivos existiram por cumprir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Trabalhar e Estudar: O pior dos dois mundos.

Uma pessoa sai da universidade para começa a trabalhar. Horários fixos das 9h às... até quando for preciso. Com problemas que nunca mais acabam, toda a responsabilidade a cair sobre nós. Em último caso será para quem nos substituir, mas espero que não cheguemos a tanto:)
Mas começa-se a trabalhar e diz-se logo que o tempo de universidade é que é. Ai que saudades. Borgas e festas todos os dias. Sem horários fixos e 24h sem responsabilidades. Se não é hoje, é amanha.
Claro que depois existe o reverso da medalha: Por um lado ganhamos independencia financeira; pelo outro lado ganhamos noitadas a estudar.
Como contra-balançar entre os dois? e que tal os dois? Independencia financeira e 24h sem fazer nada. Querem melhor do que isto?
Mas a realidade é outra. Se juntarmos 1+1, temos que levar com o bolo todo.
E isso tem sido os meus últimos dias. A preparar-me para a certificação de SCJP daqui a uma semana. Incrível mas o tempo não cresce. Como é que ainda há gente que acredita na teoria da relatividade do Einstein. Mas mesmas 24h que todos nós temos direito, há que trabalhar e estudar. É acordar cedo e cedo erguer. Uma duzia de horas no desgaste do trabalho e voltar a casa para estudar enquanto os olhos se mantiverem abertos. Às tantas da manhã lá descansamos as poucas horas que temos antes de voltar a erguer.
Nem nos fins de semana nos safamos. São só dois dias em sete. E pois claro o sacrifício de abdicar de tudo. Abdicar da nossa vida por meros trocos, e por umas palavras no curriculum vitae, que nem a ouro são banhadas. Sim, este tipo de certificados pouco mais são do que ter o direito em colocar umas palavras mágicas no currículo. Certificação de conhecimento? Longe disso, aprendemos muito mais com a experiência no dia-a-dia do trabalho do que com o que decoramos para o exame.
Respeito bastante aqueles que por necessidade precisam de trabalhar enquanto estudam. A vida não lhes foi simpática. Mas mesmo assim, lutam contra as adversidades. E não terão menos oportunidades de serem felizes. Esses sim, merecem. É com estas comparações que reparamos que somos fracos. Estamos muito mal habituados.
Vocês não sabem a sorte que têm por terem tempo para ler o meu blog. Há quem não tenha.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Memoria

Quem é que nunca se esqueceu das chaves de casa ou do telemóvel ou outra coisa qualquer?
Eu já. E já foram alguma vezes. Incrível que com tanta massa cinzenta nos esquecemos de tanta coisa. O cérebro deveras é um dos órgãos mais complexos e desconhecidos. Mas ao mesmo tempo maravilhoso. A sua extrema capacidade de processar e armazenar dados. No fundo é um pc de última geração. Aliás, é o pc da última geração. Mas porque é que não o aproveitamos ao máximo? A verdade é que não temos controlo sobre ele.
Pior ainda é recordar o passado. No meu caso acho que tenho poucas recordações. Boas, ou talvez não:) Por exemplo, dificilmente me lembro dos meus professores da escola, ou mesmo os da universidade que até nem foi assim à tanto tempo. A verdade é que não temos controlo da nossa memória. O espaço é grande, mas mesmo assim o tipo é esquisito. Demasiado selectivo. Mas uma coisa vos digo, é nas situações que mais nos marcam no dia a dia que ficam na memória. São as coisas que nos interessam que fica. Ou ver o rtp memória também ajuda:)
Um dos males para a nossa memória é a rotina diária. Passamos a fazer as coisas inconscientemente. Não damos valor às nossas acções. Caimos neste esquecimento, mas porque deixamos. Comodismo? Preguiça? Inactividade? Seja o que for, nós deixamos. Por exemplo: por força das circunstancias somos obrigados a trabalhar todos os dias, mas são nas pequenas coisas que podem dar outro significado ao dia. Fazer um novo trajecto para o emprego, ou trabalhar de verdade em vez de fingir que se trabalha:) E mesmo em casa: trocar as tarefas diárias ou ler um livro em vez de ver televisão (quem diz livro, diz blog lol).
Ser campeão uma vez, do quer que seja, fica-nos marcado na memória para sempre. Vamos sempre conseguir lembrar do momento crucial. Aquele salto, o último pingo para a vitória. Mas sermos 8 vezes campeões já é bem diferente. Conseguimos mesmo lembrar de todas elas? Ou tornou-se rotina? É por isso que o Benfica nos últimos anos tem jejuado mais, já foi tantas vezes campeão:)