segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Numa esplanada perto de si.

Hoje e agora vai ser momento histórico. Vai sair o primeiro de muitos posts do meu novo eeepc:) Vinha eu na semana passada de uma frustante oktoberfest à portuguesa e decidi virar em direcção ao Colombo. Só sai de lá com este bebé nas mãos:) Sim, bebé pois é minusculo. Optimo transportar para qualquer lado. Duração de bateria parece rondar as 8h com uma utilização normal, se bem que o fabricante fale em 10,5h. Não frisam é que são valores recolhidos no seu mundo perfeito. Só não dá para uma coisa... trabalhar. Fogo.... que pena... ou não:)
Mas sendo assim, vou poder escrever post muito facilmente e em qualquer lado. Só me falta mesmo arranjar uma ligação wireless 3G e fico 100% móvel. A partir de agora não se surpreendam se alguma vez me encontrarem na esplanada da Brasileira a escrever sobre os meus pensamentos e a vida. A observar os transeuntes e os seus comportamentos.
Isto é uma das coisas que me dá prazer fazer. Não é tentar entender a vida humana nem o seu comportamento. A sua complexidade é enorme, as variaveis são infinitas e os resultados imprevisíveis. Não digo que não se possa tentar.Até porque há pouco tempo mandei vir um livro que se intitula: "Predictably Irrational - The Hidden Forces That Shape Our Decisions" de Dan Ariely. Quando acabar de o ler prometo escrever sobre ele:) Mas uma coisa temos que ter em mente logo à partida, nunca saberemos tudo.
O meu focus não é mesmo entender, mas simplesmente observar a vida. Ela tem tanto de belo como de perfeito. O modo simples como um transeunte passa descontraidamente uma passagem de peões. Como um grupo de amigos se divertem às gargalhadas. Ou como elas olham para eles e vice-versa. É simplesmente vida.
Com a crise toda que atravessamos, com os problemas emocionais e não emocionais. Acho que nos falta momentos de sossego e viver simplesmente a vida. Fora de preocupações e problemas. Só cá estaremos uma vez. Só vivemos o momento uma vez.
Não deixem de aproveitar as oportunidades.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A lei da oferta e da procura.

Um bom economista sabe que o que dá valor a uma coisa é quando há pouco oferta para muita procura. É assim que funcionam os mercados.
É por isso que damos mais valor às coisas únicas. Sejam coisas materiais ou não, sejam espirituais, sejam momentos da nossa vida.
A raridade das coisas é valorizado e muito. A Guernica do Pablo Picasso é única, é raro, inúmeras pessoas gostariam de o possuir, por isso o seu valor é incalculável.
De um ponto de vista oposto. As coisas banais, que se tornam rotinas, acontecem mecanicamente, têm pouco valor e passam-nos ao lado da vida. Se passamos uma semana inteira a fazer sempre a mesma coisa, dias e dias a fazer sempre o mesmo. Não é verdade que de repente já é sexta-feira? O tempo passa num ápice. Ou seja, essa semana pouco nos importou, guardamos pouco em memória para mais tarde recordar.
Há que rodar, há que mudar, há que alterar. Há que ser imaginativo e inventar. Há que ser diferente.
É por isso que uma boa empresa deva ser diferente e mudar regularmente. Principalmente inovar. Para que os seus produtos e serviços não caiam na banalidade e percam valor.
É por isso que nosso dia de aniversário é diferente dos restantes. Não é todos os dias que fazemos 18 ou 20 anos, ou seja que idade tivermos. O tempo não volta para trás e aquele dia é único. Na realidade todos os dias são únicos e por isso devemos aproveita-los ao máximo. Mas o aniversário tem sempre um significado especial. Ou pelos menos é uma boa razão para o tornarmos um dia mais especial que os demais:)
É por isso que tento ser diferente, ser uma espécie rara, ser único. Para ter importância. Naturalmente tento distinguir-me por bons motivos, por boas razões e por bons exemplos. Destacar-me pela excelência. E não ser banal.
É por isso que não costumo sair à noite todos os fins-de-semana. Imaginem que as miúdas me vê todos os dias na noite. Qualquer dia já é tão normal e já estão tão habituadas de me ver, que já lhes passo ao lado da vida LOL.
É por isso que estas minhas palavras são importantes, pois são únicas e raras. O meu pensamento é único, é meu. Mas por solidariedade, sem custos, partilho com vocês:)
É por isso que o carácter e a personalidade de uma pessoa é tão importante. É o que nos molda, que nos identifica, que nos caracteriza, que nos individualiza.
Somos seres únicos, cada um com o seu grau de importância. Mais para uns do que para outros, mas temos valor. Temos que saber valorizar-nos a nós próprios. E não devemos menosprezar o próximo, pois também ele tem o seu próprio valor.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Via de dois sentidos

Formiga, concordo plenamente com o teu comentário do meu último post. Eu também estou comigo próprio LOL:)
Mas realmente uma comunicação faz-se entre uma pessoa que fala e uma pessoa que ouve. Numa conversa, uma pessoa fala, a outra escuta e responde. Seria um dar e receber de palavras:)
Há sempre um emissor e um receptor. Um ponto de partida e um ponto de chegada.
Do lado do receptor há que saber ouvir. Melhor, saber escutar. Ouvir pode entrar de um lado e sair pelo outro. Escutar é ouvir e interiorizar o que se ouve. Já o disse que acho uma falta de respeito uma pessoa não responder a uma pergunta. É ignorar ou desprezar. Então eu que detesto ter que fazer a mesma pergunta duas vezes. Mas simplesmente ouvir é de uma certa forma estarmos a ignorar ou a desprezar. Um falta de consideração pelo próximo.
Já do lado do emissor é importante saber o que emitir. Pouco interessa falar por falar. Saber transmitir o que o emissor gostaria de escutar. Por que se não, o próprio silêncio pode ser apreciado. Não vamos encher de chouriços, não vamos triturar ou amassar ouvidos. Claro que não é coisa fácil. Os gostos e os interesses variam muito de humano para humano. As mulheres falam de pedicure, os homens de futebol. Há que ter alguma noção se as nossas mensagens estão a ser bem recebidas.
Muitas vezes encontramos pessoas que falam e falam e falam. Falam pelos cotovelos. As vezes até chega a cansar de tanto os ouvir. São óptimas para quebrar o gelo. São óptimas em momentos de silêncio. Mas tipicamente têm um defeito. Não sabem ouvir os outros. Não deixam que outras pessoas possam falar. Parece que a ânsia de falar é tal que se focam de tal maneira que ficam abstraídos do mundo que os rodeia. Ou o que tem que ser dito tem que se dizer e vai ser dito custe o que custar. A ditadura sempre foi um estado de governação que nunca concordei:)
Depois há que saber como comunicar. O "saber escolher as melhores palavras para expressar o que nos vai na alma":) Nós somos seres humanos em que fazemos interpretações diferentes sobre a mesma coisa. Por isso a comunicação devia ser clara e precisa. Não deixar margem para erro. Pois são esses erros que levam a guerras, conflitos, desentendimentos, confusões. Muitas vezes usamos metáforas para embelezar o texto. O que dá um outro encanto à comunicação, mas que nem sempre é um encanto positivo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Buraco negro.

Não há pior sensação que não saber. Ficar na ignorância. Olhar para o desconhecido. O incógnito.
Diz-se no meio de ironia e gozo que ignorância é uma bênção. É verdade que se não soubermos que foi por um triz que fugimos de uma morte certa, não nos vamos preocupar com isso.
Mas saber que existe, mas não saber o que é, o que há ou o que foi.
Procurar solução de um problema seja no trabalho, nos estudos ou em casa. Não saber onde deixei as chaves de casa ou da cabeça. Percorrer um destino incerto sem fim à vista. Ver o penúltimo episódio de uma série e ter que ficar à espera que saia o final.
Coisas que nos dão em doidos.
Naturalmente há coisas que chateiam mais a uns do que a outros. Depende de gostos e feitios. Por exemplo passa-me completamente ao lado o facto de não saber qual o nome do perfume x ou rimel y. Mas talvez para uma mulher já faz diferença.
A mim uma das coisas que mais me chateia é não ter resposta. E eu nem sou uma pessoa de muita conversa e por isso não dou azo a muitas.
Mas detesto quando estou a falar com alguém na net e de repente deixo de ter qualquer resposta do outro lado da linha. Um buraco de silêncio. Naturalmente que há imprevisto, razões e justificações que não temos controlo. A ligação caiu, não reparamos que veio uma última palavra, estamos ocupados com algo urgente ou prioritário, fomos chamados ou desviados da nossa atenção. Acontecer um ou duas vezes ainda se aceita, e se possa entender com justificação. Alias justificação acaba por ser de uma certa forma uma resposta mesmo que tardia. Mas três, quatro, cinco, ou mais sem qualquer resposta ai não são imprevistos. Ai é mesmo ignorar, desprezar.
A outro nível é não responderem a sms ou emails. Dar resposta a conversas ou feedback. Ou a convites para qualquer coisa ou pedidos de informação. Uma pessoa esquece-se de responder, tudo bem. É um ou dois. Mais é desprezo. Até digo mais, acho mesmo que é falta de respeito.
É que deixa-nos numa situação incomoda. Não sabemos se a mensagem foi recebida. Não sabemos se foi lida. Se vai haver resposta. Não sabemos se estamos a ser ignorados ou desprezados. Não sabemos nada. Somos burros a falar para um palácio.
Claro que depois uma pessoa aprende e da próxima já não envia nada. E ai se dá o grande problema da sociedade. A falta de comunicação. As pessoas não falam, não comunicam, não se entendem. Não há transferência de informação, de ideias ou de valores. Não há partilha.
Pior ainda é quando há comunicação, mas distorcida, enganosa. De males sofre o mundo e a mentira é outro deles. Tentamos ocultar os ovos podres. Tentamos deixar na ignorância o próximo. E distorcemos a realidade. Mas a verdade há de vir ao de cima e as consequências são bem piores.
Num patamar mais baixo, o próprio feedback a este mesmo blog. Já o disse noutras ocasiões, não é para ter reacções positivas ou negativas que escrevo aqui. É mesmo para mim próprio. Mas um comentário bom ou mau é sempre bem vindo:)
É como o buraco negro, sabemos que existe, e talvez possamos entender o que está a fazer, mas não sabemos como, porquê e para onde vai o raio da matéria.
Num patamar bem superior, é não saber o que as outras pessoas pensam. O busílis. No que eu penso bem podem ler aqui;)
Ignorância não é uma bênção. Por exemplo uma criança ignora que partir os brinquedos não está correcto, pelo contrário, até vai achar piada. Quem não o vai achar são os pais que não o vão querer deixar na ignorância.
Há que aprender e há que comunicar.

sábado, 5 de setembro de 2009

Mais uma semana.

As ferias já lá vão. A primeira semana de recomeço de trabalho também.
Incrível como estas semanas de trabalho passam num instante. É o efeito rotina. Habituamo-nos a fazer sempre a mesma coisa dia após dia. Acordar cedo, trabalhar das 9h às 9h, jantar, copos e cama.
Mas depois de duas semanas de férias, este recomeço de trabalho é sempre diferente. Temos outra frescura mental e física. O andamento é outro. Ainda estamos num ritmo de férias.
Além disso, eu gozei as férias até ao último segundo. Ou seja, segunda-feira de manha vim directo de Armação de Pêra para Sines. Carregado com toda a tralha das férias e todo o material de windsurf fiz uma paragem obrigatória pela casa de Sines para trabalhar, antes de retomar à casa da partida pela noite dentro. Onde curiosamente me esperava um jantar para planear as próximas férias LOL.
Pois é, a vida não pode ser só trabalho. É por isso que já não andamos em noitadas malucas a trabalhar. É por isso que já nos damos ao luxo de ir jantar ao restaurante in de Sines. É por isso que posso ir descansado jantar a Vila Nova de Mil Fontes com um casal amigo de férias. É por isso que já consigo dar-me ao luxo de ir correr num Sines madrugador:D
Uma semana rápida, mas marcante. Seja pelo tempo passado, seja pelo rever da magnifica equipa onde me insiro, sempre alegre e bem disposta. Naturalmente com especial destaque para as princesas;)
Até o regresso à casa Mãe não deixa de ter algo de rotineiro. Leio o jornal enquanto janto e passa o telejornal ou qualquer serie de televisão. Deixo a ferver um delicioso chá de limão com gengibre e mel enquanto lavo a loiça e coloco a roupa na máquina. Há pois é, também é necessário tratar das lides da casa:) E para terminar a noite o portátil fica sobre a cama onde pretendo descansar.
É verdade que devia ser um fim de semana para descansar e tentar curar a minha tosse de vez. Para isso contribui o chã e uma noite bem dormida. Mas já sei que quem não vai colaborar é o vento. O windsurf agradece:)
Enfim, mais uma semana da minha vida, e que termina com mais um post:)