domingo, 14 de fevereiro de 2010

A tocar o céu.

Antes de mais devo um pedido de desculpa para quem leu o meu último post e não tenha achado piada nenhuma:) Mas tranquilos, eu estou aqui para viver a vida:D
É por isso que este fim-de-semana estou em Trás-os-Montes. Tal como o ano passado, na época do Carnaval, a festejar com os Caretos de Podence:)
E se a semana passada estava ao nível do rio com um excelente sol e uma refrescante brisa marítima. Agora estou ao nível das nuvens, algures perdido numa serra com temperaturas negativas e um vento de gelar. Só não está a nevar porque não há humidade para tal, mas mesmo assim encontra-se pequenos bocados de neve em meu redor:) Mais uma vez, um ambiente super calmo e tranquilo. Natureza pura e deslumbrante. Uma vista de regalar os olhos.

Incrível a natureza que o nosso país nos dá. Não é preciso ir para fora. Não é preciso pagar milhões. Numa viagem pelo país rural podemos encontrar coisas simples que podem ter um grande significado cultural e humano. Não precisamos de complicar a vida. Basta apreciar as pequenas coisas. Um sorriso, um olhar, uma expressão. A tranquilidade de uma aldeia rural.


A beleza da natureza em vales, montes ou serras. Aqui podemos fechar os olhos e esquecer os problemas por uns momentos. Nada nos perturba. Nada nos chateia.
Depois, apesar do frio de rachar, o calor humano de um povo simples e honesto. A facilidade com que se troca conhecimento com desconhecidos. Toda a gente se conhece, toda gente se vê. A origem de todos nós é longínquo, mas todos temos em comum o prazer pela vida e pela descoberta de coisas novas. Podemos vir todos de culturas, de hábitos, de costumes, de vivências, de visões diferentes, mas no fundo todos pretendemos o mesmo: Felicidade.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A carta do fim...

"Numa manha de nevoeiro. Junto ao rio Tejo apinhado de veleiros que se escondem na neblina. Entre o padrão dos descobrimentos e a torre de Belém. Onde simples transeuntes, simples desportista de jogging ou simples ciclistas, famílias e casais, apreciam o simples bater suave do sol com uma refrescante brisa marítima. Seja em português ou espanhol ou inglês ou chinês, o prazer e a felicidade é universal.
Ao som de I Don't Believe You (Pink), os problemas desvanecem-se quando ainda apreciamos os poucos prazeres da vida. Para mim os últimos momentos. Ignorado pelo mundo, invisível para quem passa. Aqui ponho termo à minha vida...
O nevoeiro que me cubra. O sol que me queime. A brisa que me leve.
Este mundo não estava preparado para mim."

Acho que se eu levasse o suicídio a sério, esta seria a base da minha última carta. Mas acreditem que não levo:) Devo até confessar que a escrevi mais por gozo e piada:D Que idiota. LOL.
Mesmo tendo em conta tudo o que se passa na minha vida. Por pior que possa pensar. Por mais exigente que possa ser. Por mais crítico que seja. A verdade é que seria um desperdício o mundo despedir-se de mim. Tanto potencial, tanta força, tanta alegria, tanto amor, tanta vontade de dar, de distribuir, de atribuir, de contribuir que continua por lapidar.
Pela vida, que tenho sorte em levar. Tenho a responsabilidade social de o aproveitar ao máximo. Eleva-lo ao limite. Como cidadão do mundo não tenho o direito de a desperdiçar. Não chega chorar nos cantos, metafóricamente falando. Há que ter atitude e acção. Molhar os sapatos e entrar em cena.
Por exemplo, vejo à minha frente um pai a empurrar o filho numa bicicleta no intuito de este aprender a andar. Mas enquanto o rebento não começar a pedalar, a bicicleta nunca andará por si só. O medo é grande pelo desconhecido, pelo imprevisível. Mas a recompensa por arriscar na vida poderá ser maior. O pai bem sabe, o filho bem poderá ficar a saber.
Por isso a minha vida ainda tem tanto para dar, não se vão ver livres de mim assim tão facilmente.
Estou cá para ficar;)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ave rara à solta

Serei demasiado bom? Serei demasiado sincero e verdadeiro? Serei demasiado bom rapaz e samaritano? Serei demasiado perfeccionista? Serei demasiado esforçado? Serei demasiado dedicado? Serei demasiado?

Porque sou único?
Haverá cara metade de mim? Serei assim tão especial e tão diferente do ser comum? Terei uma visão tão deturpada em relação aos meus pares? Serei uma anomalia da natureza?
Talvez.
A verdade é que por vezes não me consigo rever e encaixar nesta sociedade estranha. Conflituosa e perturbada. Egoísta e individualista. Materialista e monetária.
Talvez sejam só aqueles que eu quero ver. Talvez seja a minha visão viciada e influenciada. Talvez porque simplesmente eu procuro o que não existe. Exijo o impossível. Sonho com o imaginável.
Um mundo de bem. Um mundo querido. Um mundo feliz. Um mundo saudável e sustentável.
Eu sinto-me único. Ave rara em via de extinção que só pretende o bem para toda a gente. Com um modo de ver as coisas e de pensar cada situação de uma maneira diferente.
Mas no fundo, todos nós somos únicos. Alguns mais do que outros, num ou noutro sentido.
Ser e haver diferenças é positivo. Não somos monótonos. Não somos cinzentos sem graça. Variedade é bom em qualquer lado e em qualquer situação. Devemos variar no que comemos. Devemos variar no que falamos. Devemos variar nos caminhos que tomamos. Devemos variar no modo de olhar. Devemos ser.