sábado, 6 de fevereiro de 2010

A carta do fim...

"Numa manha de nevoeiro. Junto ao rio Tejo apinhado de veleiros que se escondem na neblina. Entre o padrão dos descobrimentos e a torre de Belém. Onde simples transeuntes, simples desportista de jogging ou simples ciclistas, famílias e casais, apreciam o simples bater suave do sol com uma refrescante brisa marítima. Seja em português ou espanhol ou inglês ou chinês, o prazer e a felicidade é universal.
Ao som de I Don't Believe You (Pink), os problemas desvanecem-se quando ainda apreciamos os poucos prazeres da vida. Para mim os últimos momentos. Ignorado pelo mundo, invisível para quem passa. Aqui ponho termo à minha vida...
O nevoeiro que me cubra. O sol que me queime. A brisa que me leve.
Este mundo não estava preparado para mim."

Acho que se eu levasse o suicídio a sério, esta seria a base da minha última carta. Mas acreditem que não levo:) Devo até confessar que a escrevi mais por gozo e piada:D Que idiota. LOL.
Mesmo tendo em conta tudo o que se passa na minha vida. Por pior que possa pensar. Por mais exigente que possa ser. Por mais crítico que seja. A verdade é que seria um desperdício o mundo despedir-se de mim. Tanto potencial, tanta força, tanta alegria, tanto amor, tanta vontade de dar, de distribuir, de atribuir, de contribuir que continua por lapidar.
Pela vida, que tenho sorte em levar. Tenho a responsabilidade social de o aproveitar ao máximo. Eleva-lo ao limite. Como cidadão do mundo não tenho o direito de a desperdiçar. Não chega chorar nos cantos, metafóricamente falando. Há que ter atitude e acção. Molhar os sapatos e entrar em cena.
Por exemplo, vejo à minha frente um pai a empurrar o filho numa bicicleta no intuito de este aprender a andar. Mas enquanto o rebento não começar a pedalar, a bicicleta nunca andará por si só. O medo é grande pelo desconhecido, pelo imprevisível. Mas a recompensa por arriscar na vida poderá ser maior. O pai bem sabe, o filho bem poderá ficar a saber.
Por isso a minha vida ainda tem tanto para dar, não se vão ver livres de mim assim tão facilmente.
Estou cá para ficar;)

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que a felicidade é mais relativa do que universal. O que pode representar felicidade para um determinado pais varia em função da sua cultura. Até mesmo dentro de um país existem variações sobre a noção de felicidade, até podem existir pessoas que são felizes na tristeza...
Quanto à carta... que idiota mesmo! Mas a brincar a brincar...