terça-feira, 23 de março de 2010

Psicanálise de um tester.

Ontem ainda pensei em falar do Benfica...mas se calhar com tanta vitória e tanta conquista vocês querem ler sobre outras coisas menos importantes:D Por isso é escusado dizer "Parabéns Benfica!" por mais uma grande vitória.

Em vez disso, ontem em conversa com uma colega sobre o projecto, um conceito veio à mente: psicanálise dos testes. Sobre a ideia base do: por que é que as pessoas têm tendência a não gostar de fazer testes? Na minha óptica a sociedade de hoje em dia devia gostar de fazer testes.

Porquê?
Bem, uma coisa que tenho afirmado é que as pessoas gostam de falar mal do próximo, ou criticar os outros, de modo a superiorizarem-se num subconsciente. Ou seja, se inferiorizarmos quem estiver em redor, acabamos por automaticamente ficar num patamar mais elevado. O que está totalmente errado, pois estamos a nivelar a sociedade e os nossos objectivos por baixo.
A ideia devia ser exactamente o oposto. Só crescemos verdadeiramente se pensarmos em grande. Se tentarmos chegar ao mesmo patamar que os melhores. Seguir os exemplos de excelência. Aprender com o sucesso. Atingir a perfeição. Lá estou eu a falar do Benfica:)
Mas infelizmente a sociedade é um ser de vícios e hábitos. E neste momento o conceito de "gozão" predomina. Por isso devia ser expectável que gostássemos de fazer testes.

Mas porquê?
Bem, o que fazemos num teste? Basicamente pegamos numa ideia, num conceito, numa implementação, numa realização, e validamos que o comportamento esperado se concretize. O teste básico será o teste positivo, ou seja, execução do caso em que as coisas sigam o seu fluxo normal. Por exemplo, testamos um carro. Um teste positivo seria ligar a ignição e avançar cem metros com ele. Perfeito, o carro anda. Cumpre o princípio básico: mover-se. Mas isto é garantia que o carro funciona a 100%? no way.
Um teste completo deve incluir todas as possibilidades de combinação que se pode fazer. Se o carro vai para a esquerda ou para a direita. Se trava ou acelera. Se é rápido ou é lento. Se aguenta chuva e frio, ou sol e calor. Se abre porta, fecha porta. Se abre vidro, fecha vidro. Se tem luzes. Se tem pisca. Se...etc,etc,etc.
Mas também não devemos esquecer que para além de casos positivos, existem a possibilidade de casos negativos. Se virarmos o carro à direita, validamos que o carro não vira à esquerda. Se aceleramos, o carro não deve abrandar. Se travamos, não deve acelerar. Se ligamos o limpa-vidros, o pisca não deve ligar. Nem como o radio, as luzes, os vidros eléctricos...etc,etc,etc.
Portanto, como as possibilidades podem ser infinitas, poderá ser expectável que o tempo despendido nos testes possa ser superior ao tempo de implementação do próprio objecto em testes. Ao criar uma curva à direita, vamos ter que testar que a curva vira realmente à direita, que não vira à esquerda, que não vai em frente, e por ai adiante.
Como atingir o infinito pode ser um "pain-in-the-ass", o fim depende da confiança na implementação, do conhecimento e da compreensão do produto, do nível de satisfação, que se foca essencialmente no factor custo-benefício. O custo de fazer mais testes, o benefício que retiramos deles.

Mas então porquê gostar de fazer testes?
O meu "ass" está bem assim, muito obrigado. Porque é que havemos de gostar de testar as nossas criações? Já não nos bastou fazer a própria implementação? E o trabalho dos outros? De validar algo que não nos interessa, de validar a chatice dos outros.
Pois bem, o segredo devia residir exactamente ai. O coco dos outros. Se a sociedade de hoje gosta tanto de apontar o dedo, de dizer mal, de criticar os outros, ofuscando os seus próprios defeitos. Então também deveríamos gostar de testar. Para assim encontrar as falhas, os erros, os cocos do próximo. Levantar a bandeira vermelha e indicar que algo está mal e que não é nossa culpa. Alguém errou e não fomos nós. Depois testar o que é nosso só diminui a possibilidade de alguém nos apontar o dedo. O que acaba, de certa forma, por ir contra o provérbio: Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.

Lá está porque é que eu sou um ser único. Ao contrário do normal da sociedade eu gosto de testar. Contudo não é pelas razões que acabo de expor, pois quem me conhece sabe que raras são as vezes que falo mal de quem quer que seja. Antes pelo contrário. Então o que me leva a testar? Bem, um bom tester tem que saber o que está a testar, melhor ainda se entender a implementação. Compreender o que está por de trás da cortina e consciencializar-se das implicações. Ou seja, ter o conhecimento. Melhor ainda, é a possibilidade de sermos criativos. Baseando na ideia do infinito, em que as mil e uma possibilidades têm que ser testadas e validadas. A imaginação pode ter uma palavra a dizer. Além disso, se testamos implementação de terceiros, o mais provável é que não vamos ter que nos preocupar em resolver todos os problemas encontrados por mais bicudos que possam ser:D
Mas no final de tudo isto, não deixamos de pertencer a uma equipa. E os testes zelam pela qualidade do trabalho desenvolvido. E quanto mais perfeitos formos, melhor para todos.

domingo, 14 de março de 2010

Armação de Pêra

Como as coisas evoluem.
A começar que este post, ao contrario do normal, vai ser a correr, há timings da viagem a cumprir:D
Depois é o local onde estou. Armação de Pêra não é nova, mas onde estou exactamente é um bar novo aqui em plena praia. Palhota Café é o nome. E tem óptimo aspecto.
Mas própria vila está mudada. Ruas refeitas. Menos carros junto à praia a privilegiar os pedestres. Tem crescido a olhos vistos, e nota-se muito no verão, onde é uma enchente de gente. Na minha opinião confusão a mais:S. Mas com isso também temos muita gente na época baixa. Este fim de semana, ainda em pleno Inverno, esteve bom tempo, ao contrário do que tem acontecido, e vê-se muita gente. Portugueses e típicos bifes. Não era habitual haver tantos por estas bandas, era mais em Albufeira. Mas suponho que seja normal com a expansão da vila. Ou então era eu que estava distraído...pode ser um facto:)
Ainda não estou na Brasileira como prometido, mas estou a caminho disso. Agora só falta acertar com a esplanada certa:D Se bem que aqui está-se muito, muito bem:D Brisa do mar, pôr do sol, sossego da vida. Casais ou famílias inteiras a passear à beira mar. Grupos de amigos reunidos em amena cavaqueira. Gaivotas a sobrevoar as águas gélidas do mar à procura dos peixes deixados pelos pescadores. Esses preparam a faina que se aproxima. Depois há quem passe a correr ou quem passa de bicicleta. Saúde física e saúde mental.
Não precisamos de muito. Precisamos é de procurar as coisas certas. E dar valor à própria vida.

domingo, 7 de março de 2010

Colibri tornaram-se Extreme.

Não é necessário mega eventos para alegrarmos as nossas vidas. Pequenas coisas, simples acções é o suficiente.
Hoje em dia tudo se paga. Se queremos ver um espectáculo de alguém famoso temos que saber desembolsar. Super produções que garantem ou não animação. Enchentes de pessoas que criam enormes confusões. Marketing e merchandising a cegar-nos a vista.
Claro que as pessoas vivem com o que têm, e vivem como podem. Fazem pela vida nesta sociedade monetária. Mas muitas vezes esquecem-se do mais importante que é o prazer de viver e conviver.
Ontem foi o 7º Aniversário do Grupo de Dança Colibri que decidiram fazer um rename e passaram a chamar-se Extreme. Sem enormes produções o evento decorreu no Cinema S. Vicente no Seixal. Diria que não descurando pormenores nem perfeição a comemoração de mais um aniversário foi realizado num ambiente caseiro e familiar. Secalhar sou eu que não estou habituado a estas produções que de nada tem de comercial. Mas a verdade é que foi uma celebração entre famílias e amigos pelo puro prazer da dança.
Naturalmente que o foco principal foi para as jovens que compõem a formação. Mas o acontecimento contou com a presença de grupos convidados das mais variadas áreas da cultura. Desde hip-hop a dança do ventre. Desde jovens a idosos. Desde mímica a representação. De destacar a actuação das mães das aniversariantes que não quiseram deixar de dar o seu contributo à festa. E revelaram interessante contraste entre luz e escuridão.
Foram duas horas de espectáculo e animação, com apresentação do animado Fernando Mendes que ajudou a dinamizar ainda mais a festa. Gostei do que vi e senti. Alegria e divertimento. Garantia de satisfação.

Parabéns pelo aniversário, parabéns pela festa e actuação:)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Amigo feliz e contente.

Mais uma semana que passou. Esta com a particularidade de ter sido cheio de aniversários e aniversariantes:)
Cada vez estamos mais velhos. Mas a cada dia que passa crescemos mais. Estamos mais maduros. Mais experientes. Vemos as coisas com outros olhos. As cicatrizes do passado alertam-nos dos perigos do futuro. As memórias delineiam os nossos sonhos e desejos.
E o que eu desejo essencialmente é a felicidade de toda a gente. Utópico, é um facto. E infelizmente a natureza não tem dado tréguas. Mas pelo menos tentar influenciar positivamente aqueles que nos rodeiam.
Não é a primeira vez que digo isto, mas o simples facto de ver a felicidade de alguém, deixa-me feliz e contente.
É por isso que gosto de organizar eventos, jantares, encontros, actividades. No intuito de juntar amigos e familiares, numa grande festa de vida e de interacção humana, que é a essência da nossa existência.
E ter juntado no mesmo espaço quase 70 pessoas de vários aspectos da minha vida foi uma experiência única e certamente para repetir. Sejam família, amigos de infância, amigos de escola, amigos de universidade, amigos do windsurf, amigos de trabalho, ou simplesmente amigos. Eu fui simplesmente a desculpa para tal encontro que levou a diversão, entretenimento, sorrisos, reencontros, conversas. Só tenho pena que o tempo tenha sido escasso e que não seja omnipresente em todas as conversas. Porque apesar de ser o centro, a minha importância e intervenção em cada uma das relações e interacções foi mínima.
Mas no fundo, o verdadeiro objectivo fica cumprido. Não é por mim que o faço. É por aqueles que amo. Que se divertiram, que riram, que saíram mais felizes do que entraram. Que possam dizer que durante aquelas horas das suas vidas foram felizes e contentes, e que não deram por mal empregue o tempo que passou.
A felicidade procura-se, a felicidade proporciona-se, a felicidade vive-se.
E se um brinde tenho que fazer, não será a mim, mas sim a todos os meus amigos. Pois apesar de todos os males que padece a minha vida. Se há coisa que não me posso queixar é dos excelentes amigos que me rodeiam.
Por isso, à vossa!:D