sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Verdade

Hoje apetece-me divagar sobre a verdade. O que é realmente verdade neste mundo? o que realmente acontece? o que aconteceu e que nunca mais irá mudar, pois o passado não muda. Pelo menos até eu descobrir como viajar no tempo:)
Mas na realidade o que acontece não é propriamente a verdade. O que é considerado a verdade é o que a maioria considera ser verdade. Ou seja, imaginem que eu digo que inventei a roda a uns amigos. Como eles desconhecem quem inventou a roda, acreditam em mim e validam como um facto certo. Entretanto se não for desmentido, eles contam a outros e a outros. Até que uns anos depois toda a gente considera que eu inventei a roda. Como não há ninguém que conheça o suposto verdadeiro inventor, não há quem me contradiza. E assim fico nos anéis da história como o inventor da roda. Ao registar a patente de certeza que ficava com a vida resolvida:)
Mas tirando esta verdade óbvia, facilmente encontramos outros exemplos no dia a dia. Por exemplo os wikipédias que existem na internet. Qualquer pessoa pode escrever o que quiser, e se não há ninguém que o rescreva, ou outras fontes que afirmem o contrário. As várias pessoas que o lêem tomam a informação como verdadeira.
Ou um exemplo mais antigo, é o heliocentrismo que só no século XVI foi abordado por Copérnico e depois cientificamente provado por Galileu. Ou seja, até então era considerado verdade que o Sol girava à volta da Terra.
Portanto, a verdade bem pode não ser o que se pensa ser. É volátil à luz do conhecimento. A verdade é o que a maioria considera ser, pois temos que acreditar em algo. Concordo plenamente com Nietzsche, a verdade é um ponto de vista. Acredita-se ou não. Quase como que uma questão de fé. É mesmo verdade que o homem foi à Lua? quantas pessoas podem mesmo confirmar que isso é verdade? podemos confiar numa caixa de eléctrodos com emissão dos EUA no meio da guerra fria?
No fundo temos que acreditar em alguma coisa, pois se desconfiamos de tudo, facilmente damos em malucos. Mas manter em mente que a verdade de hoje pode não ser a verdade de amanha. Uma questão de números:)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Lei do Tabaco

Estão neste momento a discutir a nova lei do Tabaco que entrou em vigor no inicio deste ano. Cada um dos lados com os seus argumentos, mais ou menos validos. Mas o que me vem à cabeça é: "Porque é que estão a discutir a lei agora?"
Isto é um dos problemas da nossa sociedade, porque é que o governo aprova e coloca em vigor uma lei, e só depois é que a sociedade fala e discute sobre ela, para a seguir sugerir alterações à mesma? porque é que esta discussão não é feita antes de a lei entrar em vigor?
Um bom exemplo foi a lei do aborto, que se discutiu antes da dela entrar em vigor. Claro que nestes dois exemplos, os agentes que têm a última palavra são de âmbito diferente. Mas mesmo que a lei do tabaco e outros, sejam só aprovados pelo parlamento a sociedade pode fazer a mesma "pressão" que quer fazer agora.
Outra coisa que não compreendo, porque é que os casinos hão de ter um âmbito diferente de outros estabelecimentos? Na verdade até posso compreender, mas é o país que temos.
Em relação à lei do tabaco em si, como não fumador claro que acho bem, mas considero que é demasiado restritivo a quem quer fumar. Acho que os estabelecimentos deviam poder escolher livremente se são zona de fumadores ou não.

sábado, 19 de janeiro de 2008

To the international world

Hi folks
I have been away this week because I had to travel to Den Haag/Amsterdam in work. Just came back yesterday. Beside of the weather and mainly the food, its a very nice country:)
And what a great opportunity to write my first post in English. From the practice I had in Holland this post will not have mistakes and every body (except Spanish guys) will fully understand it:)
For some time I wanted to do it. Because in the statcounter of this blog I have been seeing some guys entering, that theirs IP numbers are located in US, or other different countries. Probably lost, and because they can't ready anything in this blog, they will continued to be lost.
But my son's, don't be scared, because you will understand this post and it will guide you to a better world, or not:)
For a start if you want to read more of this blog, you and every body can translate any page in any language that suites for you. There is many on-line translators, even add-ons in firefox, so there are no excuses:)
After that it is a question of following my posts. New and old ones. The old ones are easily found in the right at archives.

I thought putting in a newsletter associated to the blog, so that I would notify the readers when a new post is written. But I step back, because I think if you like to read my words then you will came back soon or later. Just naturally, not because I'm asking it by email.
But even so, if you like to have a track in my blog, the news feed is activated. For know just part of the post is shown, so that to read the rest you need to enter in the blog.

I'm trying to write as often as possible, so that if you came in at least weekly, you will have something new to read. Until know I write at least one post per week, but most of the times I'm writing more than once, even one time I wrote two posts in the same day:)
Always in focus to put some interest content on it. But I will not be inspired all days.
Another focus that I will try to have, although some times a bit difficult, is to keep it simple and short, so that will be easy to read:) So I will end this post immediately with a period.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Comentários

comentário
  • do Lat. commentariu
  • s. m.,
    série de notas explicativas de qualquer obra literária ou científica;
  • crítica;
  • explicação;
  • esclarecimento;
  • análise;
  • observação de carácter irónico ou mordaz;
  • ant.,
    notas históricas sobre acontecimentos em que o autor tomou parte activa.
Eu criei este blog no intuito de me auto exprimir. E tem sido bom saber que há gente que o tem lido.
Quando fazermos qualquer coisa, é sempre bom ouvir comentários de outras pessoas, sejam elas positivas ou negativas. É sinal de que existimos, tal como escrevi noutro post anterior:)
Um comentário construtivo ajuda a ter uma visão exterior à minha. Pessoalmente obriga-me a repensar nas ideias e a fundamenta-las melhor. A evoluir.
Então se esses comentários forem feitos no blog e não só pessoalmente comigo. Para o blog e para quem o lê, enriquece o seu conteúdo com mais ideias. Ideias geram ideias. Gera discussão, se possível saudável:)
E é por isso que foi com natural satisfação que li o primeiro comentário no blog sobre o Perdão.

Mas devo dizer que achei que o primeiro tenha demorado a aparecer.
Uma sensação que se sente muito na comunidade cybernautica, principalmente para aqueles que disponibilizam coisas/downloads de videos, legendas, etc. Aqui a falta é essencialmente, comentários de agradecimento, para alguém que voluntariamente perde o seu tempo para disponibilizar algo que de outra forma não teríamos. Por experiência sei que é desolador perdermos tempo para disponibilizarmos umas legendas e depois não vermos feedback de ninguém ou quase ninguém.
Faz-nos pensar porque é que eu perco tempo com isto?
Bem a resposta não passa pelos comentários, pelo menos para mim. Sei que há quem perca tempo só pelo reconhecimento e glória, mas que depois muitas vezes acaba por se desleixar no conteúdo. Mas a resposta à pergunta é simples, contudo muita gente não tem consciência disso. Infelizmente não quer saber.
A resposta volta a passar pela questão do dar e receber. Eu perco tempo, de modo a retribuir o tempo que alguém perde comigo. Pois analisando bem as coisas, se eu não perco tempo a dar, do mesmo modo os outros deixam de perder tempo a dar, e no fim deixamos de existir como comunidade.
Mas voltando aos comentários, que é o core do post de hoje, ele serve como ponte de comunicação entre intervenientes. No caso deste blog, uma ponte entre mim e os leitores.
E é sempre bom, ouvir o que vocês têm para dizer, seja positivo ou não. Tal como umas legendas são apontadas quando são de péssima qualidade, eu também devia comentado quando disser alguma barbaridade. É que eu devo confessar que infelizmente não sei tudo, e errar é humano.
O único critério que estabeleço é que sejam comentários construtivos e não destrutivos:)
Por isso, cá vos espero, para seguirem o exemplo do Xabregas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Referendo da Constituição Europeia

El lunes vos a presenté mi compañera imaginaria, pero me sirvió de poco. Tuve que presentar a mi mismo:D
Bem mas já lá vai. Último teste e prova oral realizadas, agora só há que esperar pelos resultados.
O que agora interessa, e que discuti com os meus pais e irmãos à hora de jantar, é o referendo sobre a nova constituição europeia, ou melhor, o não referendo.
Agora que o governo veio dizer que não vai referendar a constituição (contradizer o que disse em tempo de eleições - que surpresa) meio país anda a discutir se a tomada de posição é a mais correcta ou não. A outra meia, a inteligente, está-se a borrifar para a questão, pois na realidade sabe que do muito que poderão dizer, pouca importância teria no resultado final da constituição. Mais vale preocupar-nos com os nossos problemas do dia-a-dia, pois esses sim, afectam-nos e muito.
Mas eu falo sobre isto, não porque quero tomar uma das partes mas porque acho que a verdadeira pergunta que se devia fazer agora seria:
"Porque é que se devia fazer referendo?"
Depois de tantas cerimónias protocolares entre ministros, depois de um famoso "Porreiro, Pá!"
do nosso primeiro, e depois de tanta celebração, está no juízo de alguém não avançar com a constituição? E entendamos que o alguém refere-se só a quem conta e não a nós mesmos.
Mas alguém acha mesmo que depois de um mês de Dezembro muito saboroso para o Governo, eles vão colocar a hipótese de afinal a constituição não ir em frente? E toda a gente esquecer o futuro famoso Tratado de Lisboa?
A verdade é que vai mesmo avançar, e o que ganhamos com isto tudo? o povinho nada, o PS com mais um marco para história. Nem mesmo significativamente Portugal ou mesmo Lisboa. Hoje em dia quem sabe onde fica Maastricht? Há quem me perguntará, porquê essa pergunta da minha parte. Não sei:) Curiosamente eu já lá estive, na zona é conhecida como uma cidade para ricos, e verdade seja dita, a isso me pareceu.
Mas realmente não há nenhum interesse por parte de quem comanda os destinos da nação em fazer um referendo. Da nossa e da maioria da Europa.
Pessoalmente penso que a Constituição Europeia devia ser uma coisa de referendo. Pois mexe com a nossa liberdade base, ou pelo menos assim o devia, confesso que desconheço o seu conteúdo, mas do que investiguei acho que esse é o objectivo da constituição. E como tal deviamos ter uma palavra a dizer. Além disso, sendo a definição dos valores da União Europeia, toda a gente devia tomar parte dela, e mais importante, conhece-la.
Óbvio que me dirão: és livre de a ler e conhecer como toda a gente. Mas, como condição humana, só o exploramos, se nos interessar na realidade ou nos afectar directamente. O referendo seria uma boa maneira de nos obrigar a discutir, aprender, difundir e falar sobre a constituição.
Mas também que tenho que admitir duas coisas. Um referendo custa dinheiro, e não estamos propriamente com bons ventos. Mas pior ainda, é que admito que se o referendo não aprovasse a constituição, não seria por a constituição não nos servir, mas mais como um acto por parte da população para penalizar o Governo que temos. Mas falar do Governo e principalmente da política que temos deixo para outro dia, pois dava para várias mangas:)
Então? Referendo no contexto actual? Penso que não há interesse. Mas também penso que antes de tanta festa se devia ter pensado seriamente na realização do referendo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Compañera imaginaria

Hoy vamos experimentar algo diferente.
Como mañana tengo prueba oral de español, voy a escribir este post en español:)
Y para practicar, voy a presentar mi compañera imaginaria.
Se llama X y nació en Lisboa. Tiene dos hijos: una niña y un niño. Vive con ellos y su marido en Alfragide, cerca de la tienda IKEA.
Se levanta todos los días sobre las 8h o 8h10 de la mañana. Pero no se retrasa pues vive muy cerca de la oficina. Le gusta ir a pie para su trabajo. Tiene funciones de comercial y entonces habla todo o día con sus clientes por teléfono. Por veces tiene que salir fuera para hablar personalmente con ellos. Se va para casa sobre las 8h de la noche para cenar con su familia. Después de la cena, se queda en casa a ver una película o a leer un libro.
Los fines de semana, le gusta jugar tenis con su mejor amiga por la mañana. Por la tarde va a pasear con sus hijos en el parque. Los domingos va siempre comer fuera con sus padres, marido e hijos. Les gusta cambiar de restaurante todas las semanas para probar nuevos.
Está estudiando español porque su hermano está viviendo en Madrid y porque trabaja en una empresa española.
Esta fue la primer parte de una prueba oral. Hay 3 más: Averiguar mediante preguntas el currículo profesional de un compañero. La examinadora nos ofrece un objecto y lo tenemos que valorar según nuestras preferencias y después el mismo objecto tenemos que pasárselo a un compañero utilizando los pronombres átonos. Por fin, hacemos una reclamación en una tienda.
Y ya está. Español Inicial II:)

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Perdão

Hoje é o primeiro de muitos dias do ano. E também é o Dia Mundial da Paz.
Na mensagem anual Urbi et Orbi de Natal, o papa Bento XVI falou sobre a esperança que, com a vinda do menino Jesus, a paz nos vários países que actualmente se encontram em conflitos possa ser atingida. E no último domingo do ano de 2007, a 30 de Dezembro, celebrou-se a festa da Sagrada Família.
Tudo isto para dizer que o segredo da paz, a meu ver poderá passar pela família. Porque é que mais facilmente perdoamos um irmão do que um estranho?
É na união duma família que está uma grande força. O acto de perdoar.
É essencial a comunicação para procurar soluções de um conflito, temos que ser humildes e reconhecer erros próprios. Recuar se necessário. Mas no fim há que perdoar. Sem perdão não há paz.
E é no seio da família que usufruimos de maior perdão de quem nos ama. Podemos pensar naqueles que actuam ao contrário em relação aos seus pares, aqueles que por males feitos detestam-os. Por exemplo, o caso de um pai que abandona um filho e este aprende a odia-lo. Mas estas poderão ser as excepções que confirmam a regra. Podemos ler que o filho espera tanto do seu progenitor que um mal praticado por este origina uma reacção oposta do perdão: ódio. Um dos maiores geradores de guerras. O outro provavelmente é o dinheiro. Mas desse poderemos falar no futuro próximo.

Ódio vs Perdão. Quem não perdoa, odeia. E infelizmente no mundo actual, o ódio prevalece. Os americanos atacam e matam no Médio-Oriente. A Al-Qaeda responde com atentados. A esse atentados os americanos matam mais muçulmanos em resposta. E mais atentados são realizados pelos filhos dos que pereceram. E assim se dá um ciclo de mortes, sedento de ódio. Até alguém tomar a coragem de perdoar, o ciclo não quebra. Excepto, claro, se um dos lados deixar de existir com tanto extermínio:)

Mas a paz não se aplica só em guerras. Há a paz de espírito. Só nos livramos mesmo dos males se soubermos perdoar verdadeiramente uma pessoa. E se numa discussão ocasional justificarmos com males passados, isso é indicativo que tais males não foram perdoados. Perdão inclui esquecer.
Imagina hipoteticamente que uma esposa trai o marido e que este lhe diz que lhe perdoa. Tempos depois é a vez do marido trair. Às criticas da esposa o marido responde que ela não tem razão pelo facto que ela outrora também o ter traido. Nesta situação não posso dizer que o marido perdoou a sua mulher quando esta lhe traiu. Se ambos querem mesmo resolver este conflito a bem para os dois, têm que saber perdoar verdadeiramente.
Falo neste exemplo em traições, mas a mesma ideia se aplica a qualquer situação: esquecimento de fazer algo, ofensas do momento, actos irreflectidos, etc.
Mas o fim de um conflito tem que passar necessariamente pelo perdão.
Perdoar verdadeiramente há que ter intenção para tal. Perdão é muito mais do que uma simples palavra.

Então e o que é perdoar? é considerar que quem nos faz mal, na realidade não nos quer mal e por isso não há razão para guardar rancor. Não acredito que haja alguém que me queira mal só por querer. De certeza que há quem me faz mal, mas teve as suas razões. E se não fosse por elas, já não me faria mal.
Com isto também não digo que quem têm razões, me possa fazer mal. Se essas razões forem negativas, também ele devia aprender a perdoar, pois certamente o mal que causei foi intencional. E tal como já referi noutro post anteriormente. O dar e o receber. Se não perdoamos, também não somos perdoados.

No fundo devemos pensar que no inicio do tempos, ninguém tem razões para fazer mal. Mas como condição humana por vezes fazemos coisas intencionais ou de pura sobrevivência, e acabamos por ofender o outro. Se este perdoasse retomávamos o mundo perfeito. Infelizmente tende a não acontecer.
Fundamental para perdoar é ter noção que nunca temos 100% conhecimento de factos e de acontecimentos. Longe disso, e por isso poderemos desconhecer as verdadeiras razões para que algo tenha acontecido. E acabamos por julgar sem justa causa.
Além disso também temos que recordar que uma moeda nunca tem duas fazes iguais. E por isso é necessário saber as causas e factos dos dois lados da barricada para que o conhecimento seja o mais completo.
No inicio perguntei: "Porque é que mais facilmente perdoamos um irmão do que um estranho? ". A resposta passa pelo conhecimento. Conhecemos mais o nosso irmão, nas suas intenções e razões. Com um estranho, tal como a palavra indica, desconhecemos. Por isso temos dificuldade em julgar correctamente. Temos dificuldade em perdoar no escuro.
É por isso que na família o perdão é mais forte, o conhecimento é maior, os males são esquecidos prevalecendo o amor.

Com isto não digo que a resolução de um conflito passa por perdoar tudo, só por perdoar. A resolução terá que passar necessariamente pela comunicação que falei no inicio. Mas vejo o acto de perdoar como a razão para se fabricar uma solução do problema. Isto possibilita-nos retirar ódios e rancores da equação e pensar numa solução conjunta. Pensar na verdadeira solução. Na paz.