quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Referendo da Constituição Europeia

El lunes vos a presenté mi compañera imaginaria, pero me sirvió de poco. Tuve que presentar a mi mismo:D
Bem mas já lá vai. Último teste e prova oral realizadas, agora só há que esperar pelos resultados.
O que agora interessa, e que discuti com os meus pais e irmãos à hora de jantar, é o referendo sobre a nova constituição europeia, ou melhor, o não referendo.
Agora que o governo veio dizer que não vai referendar a constituição (contradizer o que disse em tempo de eleições - que surpresa) meio país anda a discutir se a tomada de posição é a mais correcta ou não. A outra meia, a inteligente, está-se a borrifar para a questão, pois na realidade sabe que do muito que poderão dizer, pouca importância teria no resultado final da constituição. Mais vale preocupar-nos com os nossos problemas do dia-a-dia, pois esses sim, afectam-nos e muito.
Mas eu falo sobre isto, não porque quero tomar uma das partes mas porque acho que a verdadeira pergunta que se devia fazer agora seria:
"Porque é que se devia fazer referendo?"
Depois de tantas cerimónias protocolares entre ministros, depois de um famoso "Porreiro, Pá!"
do nosso primeiro, e depois de tanta celebração, está no juízo de alguém não avançar com a constituição? E entendamos que o alguém refere-se só a quem conta e não a nós mesmos.
Mas alguém acha mesmo que depois de um mês de Dezembro muito saboroso para o Governo, eles vão colocar a hipótese de afinal a constituição não ir em frente? E toda a gente esquecer o futuro famoso Tratado de Lisboa?
A verdade é que vai mesmo avançar, e o que ganhamos com isto tudo? o povinho nada, o PS com mais um marco para história. Nem mesmo significativamente Portugal ou mesmo Lisboa. Hoje em dia quem sabe onde fica Maastricht? Há quem me perguntará, porquê essa pergunta da minha parte. Não sei:) Curiosamente eu já lá estive, na zona é conhecida como uma cidade para ricos, e verdade seja dita, a isso me pareceu.
Mas realmente não há nenhum interesse por parte de quem comanda os destinos da nação em fazer um referendo. Da nossa e da maioria da Europa.
Pessoalmente penso que a Constituição Europeia devia ser uma coisa de referendo. Pois mexe com a nossa liberdade base, ou pelo menos assim o devia, confesso que desconheço o seu conteúdo, mas do que investiguei acho que esse é o objectivo da constituição. E como tal deviamos ter uma palavra a dizer. Além disso, sendo a definição dos valores da União Europeia, toda a gente devia tomar parte dela, e mais importante, conhece-la.
Óbvio que me dirão: és livre de a ler e conhecer como toda a gente. Mas, como condição humana, só o exploramos, se nos interessar na realidade ou nos afectar directamente. O referendo seria uma boa maneira de nos obrigar a discutir, aprender, difundir e falar sobre a constituição.
Mas também que tenho que admitir duas coisas. Um referendo custa dinheiro, e não estamos propriamente com bons ventos. Mas pior ainda, é que admito que se o referendo não aprovasse a constituição, não seria por a constituição não nos servir, mas mais como um acto por parte da população para penalizar o Governo que temos. Mas falar do Governo e principalmente da política que temos deixo para outro dia, pois dava para várias mangas:)
Então? Referendo no contexto actual? Penso que não há interesse. Mas também penso que antes de tanta festa se devia ter pensado seriamente na realização do referendo.

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