quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Sheng Dan Kuai Le e Xin Nian Kuai Le 2009

Estes são os meus desejos para todos...



E que prevaleçam os valores da família, dos amigos, da partilha, do dar e receber, da solidariedade.
Nós não estamos sozinhos no mundo, nem em parte nenhuma. E por isso temos que aprender a conviver e a respeitar o próximo.

Pequeno exercício de natal:
Pensem como seria a vossa vida se estivessem sozinhos...o que é que estariam a fazer neste momento? Claro está, a gozar do tempo livre para ler o meu blog:)
E aqueles que não têm as mesmas oportunidades e que não têm ninguém?...

Felicitem-se pelo que têm ao redor, e estimem o melhor que poderem.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Há um ano atrás

A 17 de Dezembro de 2007 publicava o meu primeiro post. Desde então foram 60 posts. Uns sempre actuais e imortais, outros simples e banais. Com mais texto ou menos texto. Com vontade ou sem vontade.
Muitas palavras passaram por aqui. Muitos olhos passaram por estas letras. Muitos pensamentos fluíram da minha cabeça.

Mas hoje paro, olho e escuto. Conceitos essenciais, muitas vezes esquecidos na nossa vida.
Paro para repensar, reflectir e reorganizar.
Olho para o melhor que a vida me pode dar.
E escuto, o que vocês têm para me dizer...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Desporto de Jeri

A maioria das pessoas passa um dia sentado em frente a um computador, ou simplesmente parados no mesmo espaço físico. E com a sobrecarga de trabalhos e horários, facilmente deixamos de ter tempo para o nosso bem estar físico.
Mais do que fazer dietas malucas, a prática de desporto é essencial às nossas vidas.
Ajuda-nos a relaxar mentalmente e fisicamente.
Há quem tire ferias para ir para uma ilha paradisíaca para poder esquecer de todos os problemas do dia a dia.
Aqui em Jericoacoara, eu afasto-me dos problemas e aproximo-me das condições para a prática de desporto, mais concretamente: windsurf.

O guerreiro


Planar


Jibe


Backwind


Um salto para a vida

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O outro lado de Jeri

O tempo não tem sido o mais desejado, por aqui em Jeri, pouco vento e muito nublado. Não se faz nada dentro de água:



E isso é mau? claro que é mau, é péssimo, é horrível. Mas é caso para deitar a toalha ao chão? Para desistir? Claro que não. Aproveitamos a oportunidade e fazemos-nos à estrada:


Aproveitamos para testemunhar o que Jeri tem de mais belo para dar: a sua beleza natural, nomeadamente as suas lagoas.

Lagoa do Paraíso:


Lagoa Azul:

Ainda existe muitas outras lagoas, como por exemplo a Lagoa de Tatajuba.
Ou então testemunhar as imensas dunas e praias. Uma beleza indescritível.



E pois claro, desfrutar a companhia de amigos e família num ambiente natural:



E assim se passa mais um belo dia de ferias.

domingo, 30 de novembro de 2008

Back to Jeri


Nordeste brasileiro, vila mínima mas calorosa. A quilómetros de distância da civilização. Um paraíso isolado do mundo e dos problemas que nos assolam diariamente. Ferias são mesmo assim.
O vento, o bem sagrado, é excelente. Condições de sonho para a prática de windsurf. Paisagens de morrer por mais. Calor de arrasar.
Chama-se Jericoacoara. Uma das praias mais belas do mundo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Novas Oportunidades

O país safou-se por pouco de uma recessão técnica. Mas não significa que estamos melhor. Continuamos todos em crise. E não se fala noutra coisa nos últimos tempos. Ela está ai e é para manter durante os próximos.
E assim esperam os "ricos" numa "inside info":) Eles esperam que a crise continue, que os preços baixem, que toda a inflação e especulação desapareça. Para no melhor momento começarem a comprar tudo a preço de saldos.
A economia vive de ciclos. Claramente atingimos um pico a cima e vamos a descer pique a baixo. E quando lá chegarmos, vamos recomeçar a escalada para cima. Idilicamente vamos aprender com os erros e reorganizar uma subida mais sólida.
Mas enganem-se se pensam que este é um pensamento exclusivo dos mais favorecidos. Este é um pensamento de oportunidade. E pode ser aplicado a todos. Podemos ver esta crise com uma coisa má, mas só se quisermos. É verdade que estamos a passar por um mau bocado. O dinheiro não chega para todos. Isto é o presente. Mas não deixem de pensar no futuro. E esse, se bem pensado e planeado, pode ser risonho. Eu digo várias vezes, é tudo uma questão de perspectiva.
Podemos deixar-nos cair, desistir de lutar. Basicamente, morrer.
Ou olhar este mau momento como uma oportunidade de reorganizar ideias. Reformular desejos ajustados à nova realidade. Procurar novas oportunidades. Basicamente não desistir por nada, pois havemos de ser recompensados, de uma forma ou de outra. Lembrem-se que nem tudo é dinheiro. Valores como saúde, família, amigos, etc, etc, etc são mais importantes.
Procurem as novas oportunidades, pois o mundo não vai acabar amanhã. Não deixem que o presente hipoteque o futuro.
Estudem o passado, vivam o presente, prevejam o futuro.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Futuro do Sistema Financeiro

Para reflectirem sobre o futuro do sistema financeiro:

"If the global crisis continues, by the end of the year, only two Banks will
be operational, the Blood Bank and the Sperm Bank.
Those 2 banks will merge and will be called 'The Bloody Fucking Bank'"

:D

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Crise de Milhões

Hoje vi o presidente da Galp a comunicar que nestes primeiros nove meses do ano houve um certo decréscimo nos seus milhões de euros de lucro. Preciso: 350 milhões de euros de lucro! Isto faz-me recordar uma notícia de há uns dias atrás que contava que os bancos também tinham tido uns quantos milhões de euros de lucro, curiosamente na mesma altura em que mais se falava na crise financeira. Uns milhões a mais para uns do que para outros, o BPN que o diga. Se bem que esse já sofria de dores de barriga há já algum tempo, e seus males não vêm de agora.
Mas para os mais, como é que uma empresa/instituição que tem milhões de lucro pode achar que estamos a viver num momento de crise? Crise é quando não ganhamos nada, é quando temos que apertar o cinto para que as calças não caem.
No caso de um banco, de duas uma. Ou esse anuncio de milhões de lucro serve para descansar os seus clientes, pois se o banco tem lucro, então o seu dinheiro estará assegurado, pois não haverá falta dele. Mas que na realidade não há lucro nenhum, a crise toca mesmo a todos. Contudo uma notícia negativa sobre o paradeiro do nosso dinheiro só levaria que a crise se acentuasse ainda mais. Se pensarmos bem, no dia que um banco disser que está em crise e que não há solução possível, todos os seus depositantes tentariam reaver o seu dinheiro, e a dura realidade é que um banco não guarda religiosamente a nossa nota de 10 euros num cofre ultra seguro. Teríamos o caldo entornado, a sorte é que não haveria dinheiro para haver caldo então não haveria nada para entornar lol.
Ou então a noticia dos milhões de lucro de um banco é mesmo real, e a ganância, um dos originais 7 pecados mortais, estaria no seu melhor.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Blogs

Devido a motivos profissionais não tenho tido tempo para escrever neste meu cantinho. E não devo ter muito mais nestes próximos tempos. Mas hoje por particulares razões fui quase que literalmente proibido de trabalhar até mais tarde:)
Entonces, aqui estou eu de volta à escrita literária em vez de código java:D
Já agora, para escrever o quê? Para que serve um blog? Que utilidade tem um blog?
As minhas razões são descritas no meu primeiro post. E várias vezes já afirmei que não quero torna-lo num diário, sem utilidade nenhuma. A pior altura para escrever é quando somos forçado a tal de modo a ter algo de novo para se ler. Simplesmente o texto não sai com a fluidez desejada.
Mas numa perspectiva geral, o que leva a haver tantos blogs no mundo virtual e tanta gente a lê-los? De certeza que não é por estarem a ler o meu:)
Basicamente um blog serve para uma pessoa escrever o que bem entender. Realmente um cantinho de cada uma exposto numa vitrina de leds e transístores. E tal como tudo na vida, gostos não se discutem e há blogs para todo o tipo de gostos.
Há os blogs técnicos, onde um suposto expert expõe as suas ideias e opiniões sobre determinada tecnologia.
Há os autênticos diários da miúda que acordou às 10h da manha e comeu ao pequeno almoço leite com cereais. À tarde foi passear o cachorro e encontrou o miúdo da sua vida. E viveram felizes para sempre.
Ou então há os cómicos que tentam animar a vida ao pessoal.
Ou os críticos que só sabem é falar mal, sem o serem construtivos.
Todos eles têm uma característica comum. A necessidade de comunicar.
E a verdade é que o cansaço tem sido tanto que essa vontade não há.:)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Especulação

Há muito que digo que o problema dos nossos dias está no dinheiro. A falta ou o excesso dele. E agora estamos em crise mundial mais uma vez por causa dos tostões. E principalmente pela especulação que se faz dele.
Hoje em dia a sociedade está dependente do circular do dinheiro. E por isso quanto mais melhor. Mas a verdade é que não há espaço para um equilibro de win-win.
Então imaginemos:
Na mão tenho uma nota de 5€. E da nota física não consigo duplicar e transformar 5 em 10€. A matéria não se cria nem desaparece, quanto muito transforma-se. Então para conseguir duplicar os 5€ tenho que comprar algo e desse algo vender por 10€. Duplicando os iniciais 5€. Contudo será que o dinheiro duplicou mesmo? Do meu ponto de vista, talvez. Mas, de um ponto de vista global, para eu vender a 10 alguém comprou a 10. Ou seja, para eu ganhar alguém teve que perder.
Pode até nem ser uma ligação directa um para um. Pode ser um para vários. Pois dos 10 pode haver quem possa sobrevalorizar ainda mais e chegar aos 20 ou 30. Mas no final haverá sempre alguém que perde.
Exactamente o mesmo conceito se aplica ao famosos negócios em pirâmide que são proibidos por lei, volto a frisar que são proibidos pois é um factor a reter. A teoria baseia-se no facto de que enquanto houver gente a entrar por baixo da pirâmide, quem está em cima vai ganhando o dinheiro que entra. Até ao dia em que já não entra mais ninguém e inevitavelmente quem está mais em baixo da pirâmide vai sair a perder e quem está em cima vai sair a ganhar. O equilíbrio é que alguém ganhar e alguém perde.
Agora deixem-me analisar o que é a bolsa. Uma empresa tem X acções, cada uma com um Y valor. Se houver gente a dar mais do que Y por X então o valor da acção aumenta. E quem vendeu as acções fica a ganhar. Mas se não aparecer outra pessoa que compre as mesmas acções pelo mesmo preço ou por um valor a cima, então quem comprou inicialmente as acções vai sair a perder. Ou seja, as acções só têm valor se aparecer alguém para as comprar.
É por isso que a especulação foi "inventada". Especulamos sobre o valor das acções e haverá sempre gente a comprar. Tal como especulamos sobre a rentabilidade do negocio em pirâmide e haverá sempre gente a entrar. Não será a bolsa de valores e o negócio em pirâmide a mesma coisa? Não, porque um é mais do que legal e outro é ilegal.
E tal como num negócio em pirâmide, também na bolsa há limites, há um fim. A corda não estica para sempre. E vai chegar um ponto em que a bolha vai arrebentar.
Tal como está a acontecer hoje. É verdade que a crise de hoje foi despoletada pelo subprime e pela desregulamentação bancária no estados unidos. Mas a crise tinha que acontecer. A economia é cíclica de altos e baixos. E não podemos estar sempre a ganhar cada vez mais. Haverá sempre alguém a perder. Financeiramente falando:)
Para finalizar, um facto que nos toca a todos. Uma das razões para a escalada do preço do petróleo: lá está, a especulação. Mas porquê só agora? quando o barril de petróleo já se transacciona em bolsa há vários anos. Isto é um facto que achei escandaloso e não posso deixar de partilhar. Até à pouco tempo, na bolsa transaccionava-se fisicamente barris de petróleo. Ou seja, davas X pelo valor do barril e algures no mundo tinhas barris que te pertenciam. Não imediatamente, mas daqui a Y tempo, pois tipicamente negoceia-se o valor do barril que há de vir daqui a Y tempo. Mas passado esse tempo, como não o vais consumir nem queres pagar valor extra pelo transporte de um ou vários barris, de certa forma és obrigado a revende pelo preço que for. Até aqui tudo bem. É o mercado a funcionar. Agora o que alavancou a escalada dos preços foi o facto de se ter começado a transaccionar "virtualmente" o barril de petróleo sem associação directa a um barril físico. Ou seja, os compradores deixaram de serem obrigados a vender por um preço ajustado numa determinada altura. E passaram a ser livres para especular como bem entenderem. Certamente houve quem ganhou muito, mas também há quem tenha perdido à custa da especulação. Pois para alimentar uns retira-se a outros.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Crise financeira mundial

O mundo financeiro está em crise. O poder e influência do dinheiro a mostrar o seu real valor. Resultado da estúpida especulação que a tantos enriqueceu e a tantos enfraqueceu.
São bancos e grandes empresas financeiras à beira da falência. É o mundo económico a colapsar. E governos, com o dinheiro do povinho, a tentar salvar as grandes empresas, as mesmas que cresceram à custa desse mesmo povinho. Como o mundo é realmente pequeno.

Mas não se fala em mais nada na televisão e na rádio. O tema domina as eleições para o cargo com maior poder no mundo. Por isso, achei por bem, focar os meus pensamentos para este problema global. Sempre numa óptica construtiva e positiva. Pois para dizer mal já há muitos.
Pois bem, o que é que eu posso opinar...hummmm...quem brinca com fogo queima-se?

domingo, 28 de setembro de 2008

Duas faces da mesma moeda

Cara ou Coroa. 0 ou 1. Aberto ou Fechado. Positivo ou Negativo. Bem ou Mal. Alto ou Baixo. Sim ou Não.
Tudo na vida tem duas faces da mesma moeda. Tudo depende de como a vemos e a encaramos.
No nosso dia-a-dia somos influenciados pelo meio que nos rodeia. E inúmeros são aqueles que se queixam do azar disto ou a sorte daquilo. Que a vida corre mal e só existem problemas.
Mas na verdade é tudo uma questão de perspectiva. Os problemas são problemas se os encararmos como tal. Um problema facilmente pode ser visto como uma oportunidade para melhorar.
Exemplo prático: Um condutor é apanhado pela polícia em excesso de velocidade na autoestrada. Mas que grande maçada, para além de chegar atrasado à sua meeting ainda vai ter que desembolsar algum. Isto de um ponto de vista negativo. Pois se pensarmos positivamente o que realmente aconteceu foi: o risco de acidente diminuiu (não há destruição) tal como a probabilidade de perda de vidas humanas. Além disso justificou-se o dinheiro gasto para empregar um ou mais polícias que de outra forma iriam engrossar a lista de desempregados no país. Já para não falar que ajudamos a diminuir o défice. E o condutor aproveita a oportunidade para apreender a gerir melhor o seu tempo e ter mais cuidado com a condução. Só coisas boas para um mundo melhor:)
Óbvio que neste exemplo entrei um pouco no gozo, mas é verdade que o modo com que encaramos as coisas influência positivamente ou negativamente a nossa vida. Deixamo-nos afectar mais pelos pontos negativos do que os positivos, e é por isso que nos leva a queixar do mal que nos rodeia. Da vida que levamos, nunca estamos satisfeitos. E se continuarmos a olhar só para os pontos negativos, nunca iremos estar satisfeitos. O que, pensando positivamente, não é necessariamente uma coisa má. O estar insatisfeito levamos a querer mais e a tentar crescer e melhorar.
Um último exemplo e com esta me vou:
Eu não sou o homem mais rico do mundo, longe disso. Mas mais longe estou do mais pobre.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Euromilhões

Esta semana não perca o mega, super, hiper, jackpot, extra são €130.000.000 no Euromilhões. Ou sai ou racha.

Nestas alturas toda a gente pensa no que faria com tanto dinheiro.
Quais seriam os meus pensamentos se ganhasse o Euromilhões? Viagens? Casas e mansões? Carros ou aviões?
Confiando no conceito de que dinheiro gera dinheiro, pensaria em investir para gerar mais:) Mas com os lucro não sei se os queria gastar para proveito próprio. Talvez pensaria em ajudar a própria natureza que tanto nos dá com a sua beleza e vida. E que tanto sofre com a intervenção humana.
Ou ajudar quem mais precisa e que não tem as mesmas oportunidades que nós, sociedade civilizada, temos todos os dias. Ser solidário para com os outros. Chamem-lhe altruísmo ou pura maluquice. Mas é o que realmente penso.
Será que preciso mesmo de tal riqueza para ser mais feliz? o dinheiro resolve assim tanto os nossos problemas?
Este valor não seria fruto e recompensa do meu trabalho, não haveria mérito nele.
Óbvio que o futuro só a Deus pertence e não faço destas palavras uma promessa, até porque para ganhar o Euromilhões primeiro teria que jogar:)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Solidariedade: sem custos e com total garantia de satisfação

Toda a gente se queixa que o dinheiro não cresce. E é verdade. Segundo as leis da física a multiplicação dos pães não é possível. A matéria, e o dinheiro não passa disso mesmo, não se multiplica. Quanto muito, transforma-se.
Mas há algo que temos para dar e multiplicar. Não tem custo de adesão nem fidelização.
A solidariedade é algo que não se gasta. Para mim ser solidário para com o próximo é das melhores sensações que podemos ter. O de poder ajudar alguém. Conhecido ou não. Alias ajudar alguém desconhecido até pode dar mais prazer do que um conhecido. Pois assume-se que temos maior responsabilidade sobre quem conhecemos. E que de certa forma temos como que uma obrigatoriedade para ajudar. Com um desconhecido não é a mesma coisa, ajudamos porque queremos realmente ajudar.
Eventualmente pode haver alguma "pressão" social nesse sentido. Por exemplo as campanhas do Banco Alimentar Contra a Fome não sendo um factor social negativo, antes pelo contrário, podem levar alguém a ser pressionado a ajudar. Claro que homens de livre arbítrio em última instância ajudam por iniciativa própria. Mas convenhamos dizer que não é a mesma coisa.
Mas ser solidário não é só dar pão e água a quem mais necessita. Até porque ai estamos a transformar a nossa solidariedade em bens materiais. Infelizmente precisamos dele aqui na Terra e há muitos que dele necessitam. Mas a matéria não se multiplica e portanto associado a ele há sempre um custo.
Mas há várias maneiras de sermos solidários para com os outros sem envolver o palpável.
Basta ajudar a executar alguma tarefa. Seja doméstica ou não.
Basta fazer companhia a quem não tem.
Basta uma palavra de consolo a quem mais necessita.
Basta ajudar a colmatar as insuficiências do próximo. Ninguém é perfeito, mas as nossas diferenças permite-nos complementar uns aos outros.
Muitas vezes digo que recebemos o que damos em troca. E se somos solidários para com os outros. Também eles o serão para connosco.
Sem custos e com total garantia de satisfação.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Gémeas? Eis a questão.

A Maria e a Marta nasceram do mesmo pai e da mesma mãe, no mesmo dia, do mesmo mês, do mesmo ano e no entanto, elas não são gémeas. Como é isto possível?

sábado, 6 de setembro de 2008

Todos diferentes, todos iguais.

Como as coisas mudam. E a verdade é que voltei de ferias sem inspiração para escrever. Ultimamente têm sido mais obrigação por meter algo de novo. E depois o texto que sai não é de total agrado:S
Não é que eu deixei de pensar. Os neurónios continuam a fazer faísca cá dentro. Os pensamentos estão cá. O problema têm sido expô-los cá para fora.
Talvez a culpa seja da minha aventura de ter escrito durante as minhas férias os posts em inglês, a língua da globalização. Português é que é bom, as palavras saem com outra fluidez. Porquê estrangeirismos? Quem foi o desgraçado que teve o descaramento de inventar o "estrangeiro"? :) não somos todos irmãos, filhos de Deus? todos da mesma família que é a humanidade.
A palavra xenofobia não deveria fazer sentido em qualquer dicionário de português (Noutros dicionários como o inglês não sei porquê não existe:D). Eu pessoalmente posso contar casos de racismo. Tenho aparência oriental e vivo num mundo ocidental. Ingredientes mais do que suficientes. Mas felizmente nada como por exemplo o apartheid na Africa do Sul.
Para mim, não faz qualquer sentido haver ódio/inveja entre raças ou culturas, ou mesmo entre opções pessoais de cada um. O que interessa não é a nossa aparência física, mas o nosso ser interior. Mais uma vez, o conceito material das coisas não deviam sobrepor ao espiritual. Quando falei noutras ocasiões que os bens materiais são fúteis, não é só dizer que não precisamos de dois ferraris. Talvez nem de um. Mas a nossa aparência física também entra nesta história. Se somos mais gordos ou mais magros, preto ou branco ou amarelo ou o que for. A nossa aparência não devia ser alvo de perseguição.
E mesmo as diferenças do nosso interior também não deviam ser alvo de perseguição. Pelo menos perseguição no mau sentido, pois por vezes o amor faz-nos perseguir o impossível:) Mesmo iguais na aparência, somos sempre diferentes no comportamento, nas escolhas que fazemos. Por exemplo o caso de homossexualismos. São iguais por fora, mas diferentes por dentro. Não me revejo dentro desse conceito, mas respeito por completo quem o faça. Não tenho problemas nenhuns em coabitar no mesmo espaço como com qualquer outro ser humano.
Somos diferentes é um facto. E ainda bem que assim é. Já imaginaram sermos todos iguais? que piada é que isso tinha? Fazíamos todos as mesmas coisas, tínhamos os mesmos gostos. Seria tudo igual. Até escolheríamos todos o melhor clube do mundo, o Benfica:) não sendo uma coisa negativa, antes pelo contrário, mas assim os campeonatos deixam de ter piada pela sua superioridade sobre os demais:) Pois bem, as diferenças fazem bem. Mas essas diferenças em vez de serem utilizadas num mau sentido deviam ser utilizada como meio de crescimento. Na comparação entre eu e tu aproveitar para crescer. Na base do conceito de que duas cabeça pensam melhor do que uma só.
E nós não estamos sozinhos.

sábado, 30 de agosto de 2008

Back to reality

Ah pois é. Tudo o que é bom acaba.
Fim das ferias e de volta à rotina diária. Se bem que esta rotina está diferente. Com as ferias deixamos muita coisa pendente e por isso é necessário tratar durante delas quando voltamos. E já para não falar no cansaço físico que nos obriga a descansar quando regressamos. Por outro lado ganhamos novos hábitos e costumes. Pois a nossa vida de experiências não pára, tal como o tempo. Continuamos a evoluir. A grande questão será: de que modo queremos evoluir?
A minha surpresa nestas ferias foi raramente ter tocado no meu pc. E talvez por isso, nesta semana em que já estou de volta, só voltei a mexer em computadores porque o meu trabalho assim o obriga. Em casa pc's nem vê-los. Num mundo cada vez mais tecnológico, será que a minha evolução é de regressão? Distanciar-me do futuro HighTech? Ou não poderei estar realmente a evoluir para um estado tal que o que realmente conta nesta vida não se encontra na tecnologia? na própria matéria dos bits e bytes? Há um outro lado. O encontro com a paz interior. As relações interpessoais. O outro e o próximo.
Há que lembrar as nossas raízes e a própria historia do homem. Tal como o dinheiro não compra felicidade. E isso facilmente prova-se verificando que uma pessoa milionária não é necessariamente mais feliz que um pobre. Também é verdade que há uns séculos atrás, as pessoas poderiam ser tão ou mais felizes do que as são hoje em dia. Mesmo sem o acesso às tecnologias de agora. Será a geração dos jogadores de computador mais felizes que os meninos de rua? Provavelmente mais facilmente se afirmaria o contrário. Claramente me faz pensar que o que realmente nos faz feliz é alguma razão que tem durado durante os séculos. E isso é o próprio homem. As relações que há entre si. De amor, carinho, afecto. O respeito ao próximo.
Pessoalmente o que me deixa realmente realizado é poder ajudar alguém a ser mais feliz. A melhor recordação que tenho de um desses momentos foi o meu último jantar de anos. Onde tive oportunidade de juntar os meus amigos e proporcionar-lhes agradável serão. E só o simples observar dos seus rostos de felicidade me deixa feliz.
Por isso acredito que continuo a evoluir positivamente. Estas novas tecnologias não vão deixar de existir, estão aqui para ficar. E a sociedade está-se a adaptar a ela. Mas não podemos deixar de nos focalizar no que realmente interessa. E isso somos nós mesmos, filhos de Deus.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

My Precious

Lately I’m turning this blog into a diary. But that is not the point of it. If you want to know what I’m doing talk directly with me :). Of course my thoughts come to me from my daily experience so you will hear from it as good or bad example.

So today I will not write a word about my vacations.
Instead let’s just talk about money. Normally you need always some of it for vacations. More or less depends of what you want to do with your vacations. You might want to go abroad into a luxurious resort or simple stay in the ground and do some camping. Depends on the will and on financial situation. But in the end what really matter is with whom and how it is spend.
As religious I’m teach to be poor in materials and in a way money represents material things. They can be superfluous comparing with love between each other. It is said that money can buy happiness, but are the richer happier that the poor? Not necessarily, money can buy instantaneous happiness but not in long term, the one that should matter. The money provides us a better material/physical life but not an internal/spiritual one.
Money invokes greedy, one of the original mortal sins. It’s known that the more we have the more we want. But is it the goal of our life? Have the biggest bank account? Or have the biggest friends/family community? This last are for life at any cost, the bank account not.
Modesty away, I know that I can be good on what I do, and so I fight to earn what I deserve. I believe that one should be compensated for his work, although not exclusively by money. When we accept a new job there are more factors other than money. There is work experience or with whom we work. But in a capitalist society is necessary to have money. Everything is money. Basic human need to eat requires money to buy or even to cultivate our food supply. Unfortunately we need money.
Another original mortal sin associated with money is luxury. But do we really need everything? Keep it simple, why complicate? Every human being is different and has different needs and different standards. So we shouldn’t criticize anyone for his spending. Though we can try to understand his needs and eventually talk about it. We don’t need to be rich to have everything we need. We can recycle/reuse what we have. We can share. Be solidarity.

And now the big question is how do I spend my money? Speech can be all beautiful, talk about a perfect world, but how do I really handle my precious money? You might not notice but I’m not perfect:), though we must try to do always our best. And so I’m not truly poor in material things. Actually I like to have my own things. And normally I don’t saved much. I prefer to spend more to have more quality. Quality of life is one of my aims. I don’t do much maths to calculate the minimum prices, hate to spend time to find the cheapest, if I want I buy, but typically I just want what I really need. I hate spend too much time at shopping’s. Where I don’t have problems spending money is in activities with friends/family. Go to concerts, theatre, shows, sports, travelling, etc. Like as I’m buying quality time with them.
For me, we live in the present and we have to use it the best way. So I prefer spend more now than to save for later and don’t have time to use it.
Of course the future is uncertain and we have to be cautions with it. So I also save some to invest but trying not to block the present. I believe that God is watching for us, but we have to be worthy of it and do our best. Even if a catastrophe comes upon us, it is for a reason and we must take the most of it.
Well this post is growing too big and time is money:) so I will finish for now.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olympic Windsurf

Segunda-feira, 11 de Agosto de 2008 (em diferido :) )

Truly vacations are used to do different thing from our daily routine throughout the year. It takes me almost a week to turn on my pc, only to find out that my usual internet stop here doesn’t exists any more. CTT office station in Armação de Pera doesn’t have any more the PT Wifi connection :( So I will be less connected to the world for what I expected. Adding the fact that I’m not touching in any computer in this vacations I will not write much. Even in off-line. Neither I’m using it to see movies neither to play computer games, really for nothing. Strange for me that love computers. Daily I work with computers and these vacations are being also vacations of computer world :)
Instead I’m reading again. I love Agatha Christie’s books. I’m also doing some gardening here in my place, now that we don’t have an employed gardener. And of course doing windsurf. My main activity in this vacations.
The first days of my vacation the wind was a flop. But now there’s wind :) and very good wind. I understand that wind is not good for everyone. When is good for me normally is bad for others. Yesterday started to blow soft at 4pm in the beach full of people enjoying a wonderful sonny day. With soft wind the firsts kite’s went to the water. As I went with my brother and some others guys.
But later the wind increased surprisely. The kitesurfers get out and I had to come back to the beach to change my sail for a much lower one. The wind was really very strong, even when I re-entered it was strong for my smaller sail. In response to the new weather conditions mobs of bathers migrate out of the beach in few minutes. Incredible difference between the first time I went to the water and the second time. First I found a full beach and water cooking human bodies. I had to carefully avoid them to reach the water. Second a much more deserted area with flying sand
Another contrast was what I saw today. The RSX competition in Olympic Games had started. Previously was called Mistral. This can also be called as windsurf, since the basis and material are the same. But I advise that this doesn’t have anything to do with windsurf that I enjoy. To start they compete with no wind or very light wind. Basically in this condition I don’t bother to get my material out. Respecting who enter this class, personally I don’t see any fun on it. Most of the time they are rowing with the sail and they are pasturing in the water.
And for me smaller board and sail the better. In RSX they have standard material for everyone. But they are huge. Twice the size of what I used yesterday. Too big and too heavy.
See what is competed in PWA to see how extreme windsurfing can be. Truly nothing to do with RSX. Speed, jumps, manoeuvres, everything is different. And by far much funnier. Of course I don’t do what the professionals do. But they do that for leaving I just do in weekends and vacations and if there’s wind. The professionals are where can have much better weather conditions. Here in Portugal we have some good wind in the summer. Or have Guincho with high waves and difficult conditions, normally one of the PWA wave spot competitions, although this year it didn’t happen.
But I will continue to enjoy the good wind down here in Algarve :)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Vacations

Beginning of August. End of a working year and start of vacations for many of us. Or at least for me:D Finally the critical phase of my project got to a successful end. No more endless nights for this one. A deserved vacations awaits. Starting one day early. A bonus from the project to compensate our final effort. That's how I think it should happen in all projects. It's normal to work a little bit more in crucial dates. Projects time frames have to be accomplish. Workers will work harder and give theirs best if at least in theirs subconsciousness they know that can be compensate for extra effort. But no more talk about work.
Its time to relax, at least relax our mind. Because physically it might not happen. More and more often, one use his vacations to do what it couldn't do during work time. So he tries to do the maximum in the shorted time period. Travel to different places, participate in all possible activities. Try different and strange things. Stretch our body to the limits. But basically at the end we will get out of our daily routine. For instance, now its 4AM and I'm not working neither sleeping:) I'm in one of my Zen environments, after an evening and a late night with friends. This is vacations, doing different things during stupid hours:)
So physically we might return more tired from vacations. And more often is talked about the stress of coming back from vacations. Our lives are so different between work and vacations that we don't deal so good with this changes. One might be so good and another so bad. I don't want to say that we should do less in vacations. No, we should enjoy the most of it. But we also should organize our time to enjoy life during work days. Of course we get tired after work and I'm not said to party all night every days. But enjoy a dinner with friends, our schedule a weekend travelling. Or take some radical activities or hiking in one of Portugal's beautiful scenarios. Book and organize every thing your self, or use one of many enterprises that book every thing for us. It just a difference of €. But what is for the money earned daily? For superfluous things? at least nowadays it doesn't buy time. So enjoy the most every day. Being vacations or work or what ever.
Because vacations are more than a simple weekend, typically they are associated with travelling abroad. So I will go for the next days to a different country called Allgarve:) That's why I'm writing this text in English. I'm going to a foreign "country" full of British and Germans:D So I will continue to write in English. At least until the end of my vacations.
I won't be connected so often to the world, but I will try to write as often as I can. Probably writing off-line. Describing the beauty of vacations lol.
My thoughts won't stop for nothing. So I don't intent to stop writing. The content might change, but the book is the same.

domingo, 27 de julho de 2008

Ontem, Hoje, Amanhã

Desta vez volto a escrever-vos no meio do Alentejo. Mas não voltei à quinta dos meus tios, o Monte da Cegonha. Desta vez é em movimento e em parte incerta. Céu azul que cobre os montes e vales que , passam.
A conviver o mesmo metro quadrado com gente desconhecida. Certamente boa gente e humilde. Lembro-me que da última vez que andei de comboio também foi em direcção ao Algarve. Na companhia de uma mulher menos jovem. Bastante simpática. A lembrar aquelas avós que levam os seus netos todos os dias ao parque para comer um gelado. Tornou certamente a viagem mais agradável e única.
Curiosamente também foi na mesma altura e pelas mesmas razões que me levam a fazer esta viagem em direcção ao sul de Portugal. Sábado à noite: jantar de anos de um dos meus maiores amigos, levam-me a adiar uma viagem aos ventos do sul. Mas mesmo só restando o dia santo para gozar, a paixão é maior e cá estou eu num domingo de manha a 224km/h. O relatório de ontem é que o vento esteve mesmo forte, e as previsões apontam para o mesmo vento. Por isso a ânsia de chegar é enorme.
Mesmo dormindo menos do que desejava, espero mais um dia em cheio para a prática de windsurf. As coisas nunca são como desejamos, e são estas adversidades que nos apimenta a vontade de viver, que dão um significado único à nossa vida. Tiram-nos da rotina diária e aborrecida. Tornam os dias únicos. Colocam um ponto de interrogação no dia de amanha e ainda bem. Se soubéssemos à partida o que iria acontecer no futuro. Viver deixava de fazer sentido
E se na semana passada referia que tinha tido uma semana complicada. Meus amigos, nunca podemos dizer que atingimos o máximo. O limite é o imaginável. E a verdade é que a semana que passou foi das mais complicadas da minha vida. Mas lá está. A alegria de ter ultrapassado mais um grande obstáculo dá-me força para enfrentar desafios ainda maiores. É como um atleta de alta competição. Hoje bate o recorde mundial. Amanhã a vontade é de voltar a ultrapassar o limite.
Por isso amanha é uma incógnita na minha vida. Mas certamente darei o meu melhor para mim e para o próximo.

domingo, 20 de julho de 2008

No Monte da Cegonha

Eu tento escrever com algum regularidade para dar sempre algo novo aos meus muitos, muitos fãs:D E com razão, esta semana queixaram-se que não andava a "pensar". Mas realmente o trabalho nestes últimos dias foram penosos. Eu que gosto de dormir as minhas 8 horas, por vezes nem conseguia estar tanto tempo em casa.
Mas não me vou queixar. Primeiro porque sei que há muita gente que pelos seus fazem mais e têm vidas mais complicadas. Por muito difícil possa ser a minha vida, eu sei que é muito melhor que a vida de muita gente. Não tenho reais razões para me queixar. Tenho é obrigação de não desperdiçar as oportunidades que tenho. E encontrar nestas dificuldades o incentivo positivo para tentar fazer melhor. Não me posso deixar ir a baixo por estas "pequenas" dificuldades. E arranjar a desculpa para esmorecer. Pelo contrário, é aqui que encontramos a força extra para fazer mais e melhor. Pois a recompensa é claramente enorme. A satisfação de dever cumprido é maior, quanto maiores forem as dificuldades.
Por isso, antes de me queixar, quero realçar a beleza que a vida nos dá e o que temos que aproveitar. Se as manhas e as noites estão a ser utilizadas para descansar. Gozo desta linda tarde de sol. Depois de uma manha de verão nublada e a assombrar este belo dia de domingo para escrever o que não consegui durante a semana.
Aproveito o excelente ambiente que se vive na quinta dos meus tios no alto Alentejo e escrevo o que me vai na alma. Inspirado pela bela natureza tranquila e esverdeada. Sempre na presença da minha numerosa família que agora rodeia a piscina na amena cavaqueira. E neste momento ladeado pelos cães que sem razão aparente começaram a ladrar em meu redor:D
Infelizmente o nosso dia a dia é longe deste sossego todo. Na sociedade que vivemos quase que somos obrigados a viver numa metrópole. É lá que se encontra o nosso pão do dia a dia. Mas também é lá que se encontra a poluição, o ruído, as multidões e confusões, o transito, o cinzento e o betão. Não é que seja tudo mau, mas claramente aqui está-se melhor:)
Nos últimos tempos tenho procurado casa para comprar. E tenho visto dentro da cidade. Óbvio que preferia comprar fora de Lisboa, eventualmente junto mar. Mas como faço grande parte da minha vida na cidade, isso obriga-me a pegar no automóvel e perder horas do meu precioso tempo. Todos se queixam da falta de tempo. Não temos mais que 24 horas diárias, temos é que saber como as aproveitamos. E prefiro viver na cidade e poder ir a pé para o emprego como faço actualmente. São 15/20 minutos que tenho aproveitado para fazer as minhas orações diárias. Não há minuto que se desperdiça;)
Por isso se não podemos fugir à vida citadina, há que valorizar estes momentos de convívio com a natureza. E não é preciso ir para fora para encontrar paisagens deslumbrantes ou praias paradisíacas. No nosso cantinho que é Portugal, natureza é o que não falta. O que falta é arranjar um espaço do nosso tempo para aproveitar um ir lá para fora cá dentro.
A paisagem neste meu cantinho é lindo, montes alentejanos ao longe, árvores, plantas e relva em todo o lado. Família unida, tios à sombra da churrasqueira, primos e irmãos dentro e fora da piscina. E um sol maravilhoso.
Neste momento não há preocupações, só há o simples gozo do bom que a vida nos dá.
Por isso deixo os meus pensamentos para o próximo dia e volto para o convívio da família. O centro da nossa felicidade e o fundamental da vida.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Bits e Bytes

Mais uma vez, se tem exigido um esforço extra no trabalho. O fim do projecto aproxima-se e é necessário que as coisas estejam prontas a tempo e horas. Horas a fio a teclar bits e bytes. As poucas horas que restam das 24 diárias servem só para alimentar e dormir. Recuperar forças para outro dia exigente. E mesmo para um aficionado em computadores, chegar a casa e ligar o pc para lazer até passa a ter a mínima das prioridades.
Muitos são aqueles que me imitam diariamente. Mas acho que me destaco pelo simples prazer de programar. Muitos vê a programação como simplesmente um mal para atingir um fim: o salário. Uma geração inteira entrou no boom tecnológico do século passado. Contudo actualmente ainda existe muita procura de programadores. Informática é uma das saidas profissionais mais requisitadas. E por isso, continua a entrar no mercado, pessoas que de certa forma não são vocacionadas. Mas tal como todos nós, têm que se safar na vida. São bits e bytes que significam cifrões.
Mas para mim, programação é muito mais do que isso. A palavra chave será construir, conceito que divaguei no outro dia. A importância de construir em vez de destruir.
O prazer de construir vem desde novo. Quando construia com a minha irmã a nossa aldeia de playmobil.
Quando era miúdo queria ser Eng. Civil. Talvez um pouco por influência do meu pai, um engenheiro civil. O conceito baseia-se em construir algo, neste caso edifícios e afins. Mas o futuro passa pelas novas tecnologias. Hardware e software. E é ai que actualmente cresço todos os dias.
Se antes é construir casas, agora é construir aplicações. O prazer de aplicar a nossa inteligência para criar um algoritmo xpto que a melhor comportamento e performance possível. Ao mesmo tempo simplificar ao máximo o algoritmo para o ser o mais complexo de uma forma simples. E que possa ser entendido por qualquer pessoa.
Construir funcionalidades que nos ajudam no dia a dia mas que não são coisas palpáveis. Construir um algoritmo que num piscar de olhos me conte o numero de vezes que utilizei a letra 'a' neste texto sem as falhas do olho humano -> 248:)
E melhor ainda se conseguirmos aplicar algum autonomismo a essas aplicações. Que funcionem sozinhas e evoluam. Que tenham de certa forma alguma "inteligência". A inteligência artificial é uma área que me fascina. Talvez ainda vá trabalhar para a Skynet;)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Construir para conquistar

O nosso planeta está cada vez mais instável. E por isso cada vez mais assistimos situações de cheias, de terramotos, de furações, de incêndios, etc.
É incrível a facilidade com que se destrói o que o humano constrói em anos. Seja destruição natural ou humana.
Imaginem o trabalho, o esforço, o tempo e a energia gasta para construir uma ponte a ligar duas vilas da terrinha. E depois basta uns meros segundos para o mandar ir a baixo. Um estalar de dedos.
Ou de um ponto de vista quotidiano, quem é que já construiu um castelo de cartas? o tempo e o cuidado despendido para empilhar uma serie de cartas. No fim o prazer de tarefa cumprida e satisfação de realização. Depois, em uma questão de segundos, todo esse esforço se desmorona com um mínimo esforço.
Destruir é fácil. Construir é que dá trabalho, é o que tem realmente valor.
É por isso que muitas vezes custa-me deitar fora o quer que seja. Não por ser materialista. Pelo contrário, tento ser o menos possível. Mas acabo por guardar muita coisa, pois custa aplicar aquela teoria do "usar e deitar fora". Numa sociedade consumista de hoje em dia, e com os produtos de baixo preço vindos do oriente, cada vez é mais utilizado essa máxima. Ignorando ainda o conceito de reciclagem. Não basta estar na moda reciclar, é preciso compreender a sua funcionalidade.
E é desse ponto de vista de reciclagem que aceito com agrado a destruição. É o reconstruir, o renascer.
Claramente sou a favor da construção em vez da destruição. Mesmo nas relações inter pessoais há que ser construtivo e nunca destrutivo. Rebaixar o outro só nos leva a rebaixar também. E a cima de tudo não nos leva a lado nenhum. Há que crescer em vez de piorar. Comparar-nos com os melhores para evoluir e sermos melhores.
Conquistar o nosso direito de viver neste planeta e construir um futuro melhor.

sábado, 28 de junho de 2008

A luz virgem do sol

No outro dia disse que um dos momentos do dia que melhor encontro o meu zen para escrever é pela noite dentro. O outro momento mágico é logo pela manha ao nascer do sol. Quando o calor ainda não aperta, ouve-se os pássaros a cantar e sente-se uma brisa de ar limpo.
Um dos momentos mais calmos do dia e o silêncio impera, quando ainda muita gente dorme.
Acordar cedo para ser tocado pela luz virgem do sol. As ideias fervilham, os pensamentos passam. Os problemas ainda dormem.
Adoro acordar cedo. Exercito os músculos, torço os ossos e articulações. Estico ao máximo e contraio o mínimo. Damos o impulso e a força para começar um excelente dia. Um começar cheio de energia. É verdade que quando fazemos exercício de manhã, ganhamos uma força extra para o resto do dia. Ganhamos dinamismo. E encaramos os nossos problemas com outro espírito.
Neste momento, andar de bicicleta por essa Lisboa fora é a minha eleição. Apreciar as ruas vazias. Comerciantes a abrirem as lojas. O silêncio calmo de uma cidade a despertar.
Acordar cedo é aproveitar bem o dia. Aquele dia que é sol e não é noite. Eu não gosto de acordar tarde. Acordar ao meio-dia, pelo sua própria definição é acordar a meio do dia, é "perder" metade do dia. Cada vez mais as pessoas se queixam da falta de tempo que têm. O que falta mesmo é organização e aplicar devidamente o nosso tempo da melhor maneira. Com isto não digo que não se deve dormir, pois é o recarregar de baterias. Mas considero que dormir mais leva-nos a ter ainda mais sono. A bateria fica viciada:) Pior ainda se fizermos rolha na cama, preguiça é pecado:)
De um ponto de vista diferente: depois de uma noitada, seja ela a estudar/trabalhar ou seja a divertir/curtir. Gosto da sensação de apreciar o desaparecer da escuridão e observar o aclarar do céu azul. É o renascer para um novo dia, a esperança. A escuridão e tristeza de ontem já é passado, agora o que interessa é o futuro, brilhante e radioso como o sol:) Então se a noite passada correu bem, melhor ainda, dá um impulso positivo para o novo dia que ai vem.
Hoje até acordei antes do sol nascer. Ainda estava frio, mas refrescante. O céu limpo antevê um óptimo dia de praia. Infelizmente para mim hoje não é dia de praia. Não deixa de ser sábado como para toda a gente, mas é dia de trabalho. E por si só, o acordar custa mais sabendo o que nos espera:( Nestes últimos dias o acordar também tem sido mais penoso que o habitual. Esta semana estivemos em testes interactivos com o sistema central e outros países europeus. Portugal entrou em acção nos dois últimos dias:) O problema é que Bruxelas acorda uma hora mais cedo:P O normal torna-se cedo. Estamos no lado errado da cauda da Europa:( Mas as adversidades só nos tornam mais fortes. E seguindo o mesmo nível de sempre, o nosso desempenho é o esperado. Cumprimos com todos os objectivos. Quanto aos outros...bem, eles lá sabem de si:)
Enfim,o sol já la vai. E antes do trabalho a minha vuelta de Lisboa matinal espera-me:) Como já é habitual, hora e tal a escrever e a disparatar. Mas desta vez na companhia da luz virgem do sol:)

sábado, 21 de junho de 2008

A minha paixão

Não sei se repararam, mas desde quinta-feira que anuncio um novo texto "EU vs TU" mas para quem entrou no blog, provavelmente não deve ter visto nenhum texto novo:D
Mas a verdade é que existe e já está no seu devido lugar. O que se passou é que quarta-feira à noite comecei a escrever. Primeiro foi outro que deixei de lado a amadurecer, segui para um segundo que também passei para rascunho. E finalmente peguei no referido, que curiosamente também já era um rascunho, mas guardado desde o ano passado!
E com tanto texto escrito, às tantas da manha e com um pedrada de sono de todo o tamanho, acabei por publicar o texto, mas ficou com a data original. É por isso que não apareceu na página principal:)
Por isso não me prolongo mais, pois textos para ler é o que não falta. E para variar desta vez deixo-vos com um vídeo: Gollito Estredo e André Paskowski no Egipto/Soma Bay. Esta é a razão da minha paixão pelo windsurf.





Quando crescer também vou ver assim...:D

quinta-feira, 19 de junho de 2008

EU vs TU

Toda a vida uma pessoa compara-se com o próximo. Estou mais gordo ou mais magro? bonito ou feio? mais rápido ou mais lento?
É da natureza humana comparar-se para avaliar o seu estado ou nível. Melhor ou pior? Desde o início da humanidade que procuramos ser os melhores. Mas nem sempre da melhor maneira.
Melhor significa ficar por cima. Mas para muitos ficar por cima não é subir um degrau mas sim descer um.
É lhes mais conveniente puxar o próximo para baixo do que crescer e ficar por cima. É por isso que insultar, ofender, espezinhar são conceitos comuns na sociedade. As pessoas preferem falar mal de outra do que tentar ser melhor que outros. A ser destrutivo.
E depois compara-se com os piores para levantar a moral, acaba-se por nivelar por baixo. Sempre a descer.
Mas em vez de tudo isto, devia-se comparar com os melhores, não ser destrutivo, mas ser construtivo de modo a crescer. É o elevar dos patamares.
Eu não me vou comparar com os piores da turma e dizer que sou o bom. Eu tenho que me comparar com os melhores e dizer que sou o melhor.
Ao comparar-me com outro, não vou querer procurar onde sou melhor. E tentar rebaixar o outro onde este é melhor. Mas sim, devo realçar onde sou pior e fazer por melhorar.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Esgotado"

Com a crise do aumento dos combustíveis veio a paralisação de muitos camionistas. E por sua vez a interrupção no abastecimento de alguns bens, nomeadamente do próprio combustível:D
E ontem constatei um facto surpreendente que de certa forma não me surpreende.
Antes víamos nas notícias falar sobre filas de carros para abastecer nas estações de serviço mais baratas. Chegando a haver gente que suportava horas de espera por um preço mais reduzido. Só de pensar que em tempos dizia-se que "tempo é dinheiro":S
Ontem viu-se gente a fazer fila para poder abastecer os seus veículos com os últimos litros de combustível que secavam as estações. A escassez é notória e a noticia espalhou-se, os contactos de familiares e amigos intensificou, e meio Portugal andou à procura das poucas estações que ainda tinham mangueiras sem avisos de esgotado, com o receio de verem-se privados dos seus queridos carros.
Comprovou-se a dependência que as pessoas têm nos seus carros e a importância que lhes dão. Admito que haja pessoas que não possam mesmo dispensar o carro no dia-a-dia. Mas muitos preferem ser comodistas, passar horas no transito, gastar euros por mês em combustível. Em vez de andarem de transportes públicos, ou esticarem as pernas ao andar a pé ou de bicicleta. Não há condições para isso? não há é condições para tantos carros. Estradas esburacadas, entupidas de transito e poluição. Passeios cheios de carros estacionados. Mas mesmo assim os portugueses continuam a ir para todo o lado de carro.
Para mim, tento dispensar sempre que posso desse bem material. Inclusive recusei a mim próprio e a quem se voluntariou para ontem à noite, ao aviso de familiares, ir para uma das muitas filas de carros para atestar o depósito de combustível. Não vou perder o meu tempo com coisas sem importância. Se acabar, mais uma razão para não utilizar o carro:)
Esta greve tem causado muitos transtornos e um efeito que eu considero muito negativo. Devido à paralisação muitos dos alimentos produzidos por esse pais fora têm sido deitados para o lixo por falta de escoamento. Uma coisa impensável quando há gente a morrer de fome todos os dias.
Quase uma semana depois de a FAO ter organizado uma conferência sobre a fome no mundo em Roma. E em termos gerais, se ter acordado em reduzir a fome mundial em metade até 2015. A minha preocupação maior do dia a dia é acabar totalmente a refeição para que não vá para o lixo nenhum resto de comida. E esta gente deixa que alimentos se estraguem sem consciência nenhuma. Assim dificilmente vamos lá.
Os camionistas têm direito a lutar pelas suas vidas. Mas acho que não é a qualquer custo. E muito menos obrigar colegas seus a pararem também sobre apedrejamentos e ameaças de represálias. Sejam eles empáticos ou não com a causa.
Mas tentando ser positivo e esperançoso que todo este mal não aconteça em vão, que pelo menos com toda esta confusão, haja pessoas que optem por deixar os carros em casa e dêem mais importância ao que realmente merece atenção.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O meu Dino

Hoje vou apresentar-vos o meu avatar: o Dino:)
Neste momento é composto só pela sua cabeça de dinossauro. Um T-Rex nascido há séculos atrás e que faz história no Museu de Historia Natural em San Francisco.
Pelo menos foi lá, no átrio de entrada, que eu lhe tirei as medidas. Imponente animal que marca gerações. Sei que o museu sofreu alterações e que vai reabrir com nova cara este outono. E por isso não confirmo a sua presença no mesmo local à hora do costume. Pela visita virtual do novo espaço, não confirmo que a sua presença se mantenha, mas pareceu-me ve-lo de relance:)
Mas mesmo que não se mantenha, pelo menos irá continuar aqui comigo. A sua existência nunca irá acabar enquanto eu o partilhar:)
E dele faço novas histórias. Numa das minhas fases artísticas, inúmeras vezes o apresentei com estilos diferentes. Vestido a rigor consoante a situação o pedia. Natal foi pai natal, no Carnaval o palhaço, e até veio preto de Cabo Verde:D Não esquecendo que comigo soprou as velas de aniversário.
Na altura de tronco para cima, hoje simplesmente de face para fora. Mas sempre sorridente. Com atitude positiva perante a vida.
Durante anos reinou a Terra, durante séculos dentro da terra ficou. Do pó ressuscitou e das luzes da ribalta se recriou.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pela noite dentro

Já não é a primeira vez que alguém me aponta erros de ortografia. Eu bem avisei no meu primeiro post:) eu sempre fui um mau aluno de português, espanhol, inglês, chinês, etc, etc, etc. E francês? acho que nem tenho o direito de considerar que fui aluno de francês:P
Mas os meus muitos erros têm outra explicação. As horas tardias a que normalmente escrevo.
Existem duas alturas do dia ideais para a escrita.
De manhã, praticamente ao nascer do sol. Onde a paz reina, a temperatura aquece, o silêncio ainda absoluto ou ao som da natureza. Nesta altura do dia as ideias aparecem como cogumelos. A nossa mente está limpa. Pronta a carburar.
Infelizmente não é nesta altura que escrevo no blog. Pois ou estou atrasado para o emprego ou estou a ver um dia em grande pela frente cheio de coisas para fazer e o pc fica para segundo plano.
Por isso, resta-me a segunda hipótese. Quando já toda a gente dorme, o silêncio retoma o seu esplendor. Não há filmes nem series para ver, não há pessoas com quem conversar. Não há mais nada para fazer, para além de escrever. Eu e os meus pensamentos juntos.
O revés da medalha: um dia longo de trabalho e uma cama a chamar por companhia. A lucidez já não é a mesma. Os erros que o confirmam:)
Contudo estudar pela noite dentro sempre foi o meu espaço. Apesar do cansaço, é nesta altura que encontro o maior isolamento. Menos distracções, mais concentração. Sem pressão do tempo, uma noite inteira pela frente. Ainda agora começou.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Eurovisão da Canção

Ontem fiquei a ver o Festival da Eurovisão da Canção 2008 com o meu irmão. Há vários anos que não via o festival, também é verdade que Portugal tem falhado algumas das últimas edições. E também é verdade que eu não sou muito de ligar à musica:) Mas continua a ser Portugal. Se vamos torcer pelos futebolistas daqui a uns dias, então porque não deviamos torcer também pelas nossas cantoras? ;)
Até porque pelas reacções da prestação das meias-finais, talvez este ano as coisas podiam ser diferentes. Havia fundamento para conseguir bem mais do que um par de pontos e distanciar-nos dos primeiros lugares a contar do fim:)
Comentava-se positivamente da possante voz da Vania Fernandes ao cantar "Senhora do Mar". Expectativas ainda maiores quando depois de horas a ouvir 25 musicas de outros tantos países, a comentadora da emissão portuguesa diz que de entre os jornalistas internacionais presentes, a nossa Vania foi a melhor.
Bastava agora aguardar pelas votações do público para confirmar as expectativas criadas.
Mas é nesta altura que toca o sino da verdade. Votação após votação, poucos são os países que realçam o valor português. Começa-se a destacar "os suspeitos do costume".
E no final acaba por ganhar a Russia com o cantor Dima Bilan. O mesmo que concorreu há dois anos atrás na Eurovisão e ficou em segundo. E que já trabalhou com cantores consagrados. Por isso rodagem não lhe falta.
Para além desta vitória e o segundo lugar há dois anos, a Russia ficou em terceiro o ano passado. A Ucrânia este ano ficou em segundo, mas já ganhou em 2004. Tal como a Grécia que ganhou no ano seguinte e agora ficou em terceiro. Todos eles habituados a lugares de topo. Mais uns quantos se podem juntar. Os tais "do costume". Será que ano após ano, eles são sempre assim tão bons?
A verdade que verifiquei não o confirma. O que verifiquei é uma realidade bem diferente. E aqui tenho que relembrar que o vencedor é decidido pela votação do público. Do zé povinho. Então quem é que o povinho vai votar? na melhor canção ou no seu país? E resposta da maioria será no seu país.
Mas, naturalmente, um português em Portugal não pode votar na canção portuguesa. Então que opções nos restam? Os países com quem mais nos identificamos, ou simpatizamos, seja por amigos ou familiares. Então pois claro que uma das pontuações mais elevadas atribuidas por Portugal recai sobre o nosso vizinho espanhol. Mas não foi a mais elevada. Os 12 pontos foram reservados para uma nova realidade. Os votos de Portugal não se fazem só de portugueses. Agora existe uma extensa comunidade de emigrantes que também tem acesso ao telefone. E qual é a maior comunidade de emigrantes oriundos da Europa em Portugal? Pois é, a pontuação máxima foi para a Ucrânia:)
Agora façam o mesmo exercício para os restantes países da Europa. Quem tem mais fronteiras? E inter-relações entre países? Nos novos países do Leste as fronteiras contam-se com as duas mãos. Claramente Portugal perde neste capítulo, com uma só fronteira. Talvez se Portugal também se dividisse em três ou quatro novos estados. Seriam pontos a dobrar.
E por onde andam os emigrantes de hoje? Portugal ainda tem uns quantos imigrantes, mas já não é como no século passado. Hoje os emigrantes são do Leste. Curiosamente dos países mais votados.
Estes são os dois factores dominantes na atribuição de votos: empatia pelos vizinhos e os emigrantes. Qualidade da musica? claro que não podemos descartar este factor. Se a música for péssima, em vez de 12 no máximo terá 10:) Mas as canções são tão excepcionais para merecer o destaque? Não sei. O que sei é que a qualidade da canção acaba por só decidir de entre "os do costume" quem é que ganha ou não. Para que não seja sempre o mesmo a ganhar.
Eu não percebo nada de musica, o meu irmão bem me tentou explicar umas coisas mas fiquei quase na mesma:) Mas mesmo não percebendo da qualidade ou falta dela, eu facilmente adivinhava para quem iam as pontuações máximas de cada país. E digo-vos que a minha avaliação em nada tinha a ver com as musicas em si.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Made in China

No fim de semana passado, li um artigo muito interessante. Contava a experiência de "uma finalista do curso de Comunicação Social que passou um mês a tentar escapar aos produtos «made in China»". E realmente é curioso ver a quantidade de produtos que utilizamos no dia-a-dia que é fabricado na China. Pior ainda se contarmos os países orientais. Mas realmente a China é o expoente máximo. Uma das economias mais emergentes. Uma das novas super potências.
Então a reportagem demonstra como é difícil evitar utilizar made in china. Está no telemóvel, no pc, nas canetas, na roupa, na cozinha, no quarto, na sala, no carro, em todo o lado. Por vezes dá um sentimento de revolta que apetece incentivar um boicote mundial sobre o Made in china. Principalmente se pensarmos que a maioria dos bens são produzidos por menores de idade ou sem condições nenhumas. Sem liberdades e à base da "escravatura".
Mas acho que o mundo de hoje não aguentava a privação.
Faz-me lembrar num filme chamado "A day without a Mexican". Eu diria que é um excelente filme, o problema é que nunca cheguei a vê-lo completamente:) Mas a ideia é genial. A sinopse conta-nos que um dia California acorda sem latinos. Simplesmente 14 milhões de latinos desaparecem de um dia para a noite. A dependência é tal, que se instala a confusão na terra Tio Sam. California basicamente pára.
O que é que aconteceria se de repente ficássemos privados de todos os produtos Made in china?
Como tudo na vida, há duas maneiras de ver as coisas. Um negativo e outro positivo.
Podemos dizer que o mundo pára. É inegável a invasão chinesa. Perdíamos grande parte dos nossos bens. Voltávamos à idade da pedra. Claramente o ponto de vista negativo.
Mas eu retiro outro ponto de vista, talvez utópico de mais. Mas bem mais positivo. Sem os produtos Made in China desaparecia os bens materiais que são voláteis. Cada vez mais com o baixo custo chinês. Hoje em dia, facilmente compramos dois produtos pelo preço de um. Um estraga-se, lixo com ele, temos o segundo.
Mas então o que resta? os seres humanos. Aquilo que realmente interessa preservar, alimentar, adorar. Somos nós que interessamos. Não são os bens materiais, o carro, a casa, a roupa. O Humano sim.
E a China em muitos aspectos vai contra esse princípio. Por isso boicote com eles, não digo boicote total, até porque soluções extremas nunca são solução. Mas sempre que podemos privar desses produtos. Acho que sim. Tudo em excesso faz mal. E a nossa dependência da China não parece, mas já é enorme.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Trabalho em Equipa

Hoje fui a uma formação sobre Trabalho de Equipa.
Muito bom a vários níveis, principalmente quando vimos o carro a passar por cima da ponte com sucesso:)
O formador era bom orador, talvez um pouco de mais para o âmbito da formação. Pois por vezes parecia-me que estava numa formação de auto-estima, a levantar a moral:) Mas a verdade é que para estarmos inseridos numa equipa, não nos podemos rebaixar ou desistir. Temos que ter atitude. Ajudar e deixar ajudar. Comunicar, trocar experiências e ideias, partilhar sucesso e insucesso (felicidade ou infelicidade). Unido num objectivo comum. Ser cúmplice e responsável.
Não ser egocêntrico, nem fazer juízo de valor ou estereotipar. Não ser agressivo nem passivo.
E com isso tudo conseguimos: eficácia e eficiência, crescimento pessoal e inter pessoal, motivação, inovação, produtividade, criatividade.
Quantos de vós não ponderaram sobre estes pontos quando inseridos numa equipa de trabalho? seja no emprego ou na universidade ou etc. Não acham bem? eu acho.
Mas e agora se virem numa perspectiva do mundo global? nós todos não estamos inseridos numa grande equipa chamado Humanidade? Trabalhamos pelo nosso bem estar, pela preservação da natureza, por aqueles de quem amamos. Ou conseguimos isso tudo sozinhos? o próximo é o nosso parceiro de equipa.
Faz sentido ver o mundo como uma empresa em que a Humanidade é uma grande equipa que trabalha para o seu futuro. Nós somos os colaboradores, nós somos os clientes.
Aplicamos estes conceitos no nosso dia-a-dia?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Oportunidade

A semana passada escrevi sobre o sentido de oportunidade, que a devemos aproveitar. Hoje vou divagar sobre essas mesmas oportunidades. O ponto de vista que vou partilhar retirei de um filme, confesso que já não me lembro de qual, mas é uma visão interessante e que não posso deixar de partilhar com vocês.
Toda a gente deseja coisas. Para nós ou para os outros. Que o Benfica ganhe, ou que eu ganhe o euromilhões:) ou mesmo coisas mais simples do dia-a-dia, como por exemplo que eu possa ter oportunidade de meter conversar com a rapariga x. Claro que queremos sempre algo, nunca estamos satisfeitos com o que temos. Mas na maioria das vezes as coisas não dependem única e exclusivamente de nós.
Então pedimos a Deus que nos ajude. Fazendo justiça ao que merecemos pedir para que as coisas aconteçam. Mas depois as coisas não correm como gostaríamos e ficamos chateados com os anjos por não nos ajudarem. Contudo, se virem bem as coisas o problema é nosso.
Nós pedimos algo a Deus, mas Ele não nos dá de mão beijada. O que Ele faz é criar as oportunidades para as coisas acontecerem, e nós aproveitamos ou não. Até porque se Deus aceitasse todos os pedidos de toda a gente, um Benfica-Sporting acabava com vitória para os dois lados:)
Por isso, Deus não faz com que os nossos desejos se realizem. Cria é as oportunidades para que os nossos desejos se realizem. No final, nós é que decidimos se acontece ou não.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sentido de oportunidade

De certeza que alguma vez na vida já pensaram: "eu devia ter aproveitado" ou "aquilo é que tinha sido" ou algo do género. Basicamente termos a consciência que perdemos uma oportunidade de fazer algo que gostaríamos de ter feito. Estar no sitio certo à hora certa, mas nada acontecer.
Pois eu já. E já foram inúmeras vezes. Não sei se sou só eu, do meu modo de ser. Calmo, penso/pondero demasiado, deixo as coisas fluir, sem stresses. Tentar acertar no momento ideal. E o momento perde-se.
"Oh tempo, volta pa trás".
A verdade é que não volta. Não há duas situações iguais. Podemos tentar alinhar novamente os astros, mas eles não voltam ao sitio. O momento...puff, foi-se.
Por isso não há que esperar, não há melhor momento que o agora.
Também não digo que é preciso ser impulsivo e irracional. Pensar ou ponderar é bom. Pois também já me safei das boas, pela "não reacção".
Mas é preciso não deixar fugir as oportunidades. Elas não se repetem. Mais vale agora do que nunca.
O futuro só a Deus pertence, seja ele bom ou mal.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Recompensa

Hoje era para escrever sobre mais um grandioso tema.
Mas não.
Depois do que umas semanas desgastantes há que relaxar e descansar. Mentalmente e fisicamente. Até porque o dever foi totalmente cumprido. Mais do que merecido.
Acho que em tudo devia ser assim. O modo de estar na vida deve contemplar a recompensa pelo esforço do dia a dia. Por vezes é complicado, devido às circunstâncias. Mas se há margem, acho que sim.
Se olharmos num perspectiva de um emprego, mensalmente somos pagos pelo que nosso trabalho. Mas se devido às circunstancias exigir um esforço extra. Acho muito bem que depois possa haver algum tipo de bonificação (financeiro ou temporal). Só deixa o trabalhador satisfeito e com total disponibilidade para futuros imprevistos.
Contudo hoje é uma recompensa pessoal. Dediquei-me a não descurar no emprego e cumprir o meu plano de estudo. Infelizmente tive que abdicar de algumas coisas, pois não se pode fazer tudo. Mas cheguei ao fim. E com ambos objectivos cumpridos com distinção. É gratificante.
Agora é o descanso do guerreiro, pois amanha novos objectivos existiram por cumprir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Trabalhar e Estudar: O pior dos dois mundos.

Uma pessoa sai da universidade para começa a trabalhar. Horários fixos das 9h às... até quando for preciso. Com problemas que nunca mais acabam, toda a responsabilidade a cair sobre nós. Em último caso será para quem nos substituir, mas espero que não cheguemos a tanto:)
Mas começa-se a trabalhar e diz-se logo que o tempo de universidade é que é. Ai que saudades. Borgas e festas todos os dias. Sem horários fixos e 24h sem responsabilidades. Se não é hoje, é amanha.
Claro que depois existe o reverso da medalha: Por um lado ganhamos independencia financeira; pelo outro lado ganhamos noitadas a estudar.
Como contra-balançar entre os dois? e que tal os dois? Independencia financeira e 24h sem fazer nada. Querem melhor do que isto?
Mas a realidade é outra. Se juntarmos 1+1, temos que levar com o bolo todo.
E isso tem sido os meus últimos dias. A preparar-me para a certificação de SCJP daqui a uma semana. Incrível mas o tempo não cresce. Como é que ainda há gente que acredita na teoria da relatividade do Einstein. Mas mesmas 24h que todos nós temos direito, há que trabalhar e estudar. É acordar cedo e cedo erguer. Uma duzia de horas no desgaste do trabalho e voltar a casa para estudar enquanto os olhos se mantiverem abertos. Às tantas da manhã lá descansamos as poucas horas que temos antes de voltar a erguer.
Nem nos fins de semana nos safamos. São só dois dias em sete. E pois claro o sacrifício de abdicar de tudo. Abdicar da nossa vida por meros trocos, e por umas palavras no curriculum vitae, que nem a ouro são banhadas. Sim, este tipo de certificados pouco mais são do que ter o direito em colocar umas palavras mágicas no currículo. Certificação de conhecimento? Longe disso, aprendemos muito mais com a experiência no dia-a-dia do trabalho do que com o que decoramos para o exame.
Respeito bastante aqueles que por necessidade precisam de trabalhar enquanto estudam. A vida não lhes foi simpática. Mas mesmo assim, lutam contra as adversidades. E não terão menos oportunidades de serem felizes. Esses sim, merecem. É com estas comparações que reparamos que somos fracos. Estamos muito mal habituados.
Vocês não sabem a sorte que têm por terem tempo para ler o meu blog. Há quem não tenha.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Memoria

Quem é que nunca se esqueceu das chaves de casa ou do telemóvel ou outra coisa qualquer?
Eu já. E já foram alguma vezes. Incrível que com tanta massa cinzenta nos esquecemos de tanta coisa. O cérebro deveras é um dos órgãos mais complexos e desconhecidos. Mas ao mesmo tempo maravilhoso. A sua extrema capacidade de processar e armazenar dados. No fundo é um pc de última geração. Aliás, é o pc da última geração. Mas porque é que não o aproveitamos ao máximo? A verdade é que não temos controlo sobre ele.
Pior ainda é recordar o passado. No meu caso acho que tenho poucas recordações. Boas, ou talvez não:) Por exemplo, dificilmente me lembro dos meus professores da escola, ou mesmo os da universidade que até nem foi assim à tanto tempo. A verdade é que não temos controlo da nossa memória. O espaço é grande, mas mesmo assim o tipo é esquisito. Demasiado selectivo. Mas uma coisa vos digo, é nas situações que mais nos marcam no dia a dia que ficam na memória. São as coisas que nos interessam que fica. Ou ver o rtp memória também ajuda:)
Um dos males para a nossa memória é a rotina diária. Passamos a fazer as coisas inconscientemente. Não damos valor às nossas acções. Caimos neste esquecimento, mas porque deixamos. Comodismo? Preguiça? Inactividade? Seja o que for, nós deixamos. Por exemplo: por força das circunstancias somos obrigados a trabalhar todos os dias, mas são nas pequenas coisas que podem dar outro significado ao dia. Fazer um novo trajecto para o emprego, ou trabalhar de verdade em vez de fingir que se trabalha:) E mesmo em casa: trocar as tarefas diárias ou ler um livro em vez de ver televisão (quem diz livro, diz blog lol).
Ser campeão uma vez, do quer que seja, fica-nos marcado na memória para sempre. Vamos sempre conseguir lembrar do momento crucial. Aquele salto, o último pingo para a vitória. Mas sermos 8 vezes campeões já é bem diferente. Conseguimos mesmo lembrar de todas elas? Ou tornou-se rotina? É por isso que o Benfica nos últimos anos tem jejuado mais, já foi tantas vezes campeão:)

quinta-feira, 27 de março de 2008

Silêncio

Um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano: Ouvido. Constituido por minúsculos ossos sensíveis a qualquer vibração.
O melhor som que eles poderão captar será a ausência de som, o silêncio. Ou quanto muito o som das ondas a bater na praia ou os pássaros a cantar no meio de arvoredo, a suavidade da própria natureza que de perfeito tem tudo.
Mas numa sociedade cada vez mais concentrada nas grandes cidades. Cada recanto que não esteja colado a uma via de grande movimento é ouro. A circulação rodoviária/ferroviária é um dos grandes gerados de ruído, e numa cidade como Lisboa, é difícil encontrar uma casa que seja silenciosa. Eu que o diga das muitas casas que tenho visto para comprar. Na maioria ouve-se carros a circularem. Se não é carro é comboio, se não é comboio é avião, há sempre qualquer coisa. Também há que dizer que não procuro em qualquer zona de Lisboa. Claro que comprar casa numa zona com bons acessos é uma mais valia, nós passamos a vida em movimento.
Mas também não é só do exterior que vem a quebra do silêncio. Dentro de portas o ruído poderá por exemplo ser uma máquina, como um computador do século passado que tem uma ventoinha que mais parece um aspirador. Ou mesmo a própria voz humana que nos desvia a atenção.
Talvez por isso, eu tenho tendência a reservar o meu tempo de estudo para horas mais tardias. Quando toda a gente dorme e o silêncio predomina, lá estou eu a estudar. Também ajuda à concentração ser o período do dia onde somos sujeitos a menos interrupções, onde há menos coisas para fazer que não seja concentrar. Quem diz estudo, também diz escrever um blog. Grande parte dos meus textos foram escritos às tantas da manhã. Provavelmente não é a altura do dia que mais ideias tenho, mas realmente é a altura onde melhor me abstraio de tudo o que me rodeia e melhor me concentro. Existe um silêncio e uma paz eterna.
É isso que o silêncio transmite. Ausência de ruido, de problemas, de interferências. Transmite sossego e calma às atribuladas vidas que levamos. Ficamos só com o que realmente interessa.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Mais pecadores

Na semana passada o Papa Bento XVI anunciou mais seis novos pecados mortais, a juntar aos sete definidos pelo Papa Gregório I no século VI.
Então a juntar à gula, ira, preguiça, luxuria, vaidade, inveja e avareza, agora temos mais: pedofilia, poluição do meio ambiente, aborto, tráfico de droga, riqueza desmesurada e manipulação genética.
Acho que são pontos que claramente devemos evitar. Mas devo dizer, mesmo sendo católico praticante, que não faz sentido um destaque ao mesmo nível que os originais. É verdade que a declaração vem acompanhada com um discurso de actualização aos novos tempos e de uma maior responsabilidade social.
Eu via nos pecados mortais originais uma conotação exacta e intemporal, que nos toca a todos sem excepção. São acções e vontades que nos devemos abster no dia a dia. Constantemente somos tentados a entrar em pecado, mas temos que ser mais fortes e lutar contra eles, pois inconscientemente só melhora a nossa vida. E por contágio a quem nos rodeia.
Mas com este novos, alguns deles não se aplicam a certos indivíduos. A mim, na maioria dos pecados nem me passa pela cabeça praticá-los, nem sequer tenho condições para o fazer. A única hipótese de intervenção é lutar socialmente contra quem pratica tal acto. Mas assim o pecado não são os anunciados, mas seria algo do género: irresponsabilidade. Temos que ser responsáveis pelos nossos actos e responsáveis por persuadir o próximo a não pecar. Seja os sete originais ou os novos seis, ou mesmo qualquer outro pecado.
Além disso estes novos valores são "neo-temporais", há mil anos atrás nem se sabia o que era genética. Daqui a mil, ou é erradicado ou tão controlado que eventualmente já não faz sentido falar em droga como um mal.
Enfim, acho que este são claramente pecados que devemos combater, individualmente como socialmente, mas acho exagerado o destaque. Na minha opinião pessoal, dá-me a sensação que a Igreja com estes novos pecados mortais nos quer obrigar a ter um certo comportamento que pela palavra e pela comunicação não está a conseguir.
E o que eu respondo a isso é que quando se obriga alguém a algo, o resultado costuma ser o oposto.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O adepto

Vemos a nossa equipa do coração a jogar mal, a fazer maus resultados. E não podemos fazer nada. Será que se fossemos dentro do campo também teríamos a mesma atitude? será que não se consegue mesmo mais? Falta de jeito é uma coisa, falta de atitude é outra.
Sem atitude não se chega a lado nenhum. Atitude deve ser uma característica do nosso modo de vida. Em qualquer acção da nossa vida, sem atitude não vamos longe. Atitude é tudo.
O jogo devia ser a vida deles. Não são pagos por isso? Certamente o adepto faria muito mais se tivesse a mesma oportunidade. Em Quality of Service falei em dar o máximo, na prática os jogadores são pagos para darem um serviço. Nem um bom espectáculo conseguem dar.
Mas ser adepto é ser irracional. Quem não gosta de vencer? então porque continuamos do lado dos perdedores? Se estamos mal, porque não mudamos?
Apesar do desgosto profundo. Não deixamos de ver os jogos, com a ínfima esperança de haver uma reviravolta na atitude e na vontade de jogar. De se ter atingido o fundo e a partir de aqui é sempre a melhorar. Mas a verdade é que os jogos provocam uma amargura profunda.

Ser adepto é uma treta.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Sem stress

Uma pessoa passa a vida toda a preocupar-se com qualquer coisa.
Isso não é vida. Um dia hei de vos contar para que serve a vida. Mas hoje vou falar sobre como lidar com ela.
Eu tento abstrair-me ao máximo das preocupações que me possam afectar. Não é que eu me queira afastar ou fugir de tudo. É não dar demasiada importância ao que não tem importância. Deixar as coisas tomar o seu caminho próprio, o seu fluxo natural. Claro que no emprego, se tivermos que correr, então corremos. Pois ai temos responsabilidades a cumprir. Mas nas preocupações normais do dia a dia corro se quiser.
Para que é que me vou preocupar com o candidato democrático para as eleições dos estados unidos? Hilary ou Obama? indiferente para o meu dia a dia. Ou preocupar-me em não usar o microondas porque pode fazer mal à saúde, ou não. Facilita a vida, não facilita? então uso. Todos nós havemos de morrer um dia. Melhor viver 5 bons dias do que 5 penosos anos.
Mas no fundo, o que quero transmitir é que mantenham as coisas simples. Não pensem demasiado, pois só complica. Com uma opção, não precisas de pensar, tens é que te contentar. Muitas opções é bom, podes escolher o melhor. Mas demasiadas opções é mau, obriga a pensar e ajuda a complicar, origina a indecisão e a confusão.
Em relação ao emprego, faço questão de dar 100% ou mais durante as horas de trabalho. É a minha vocação natural para o perfeito, mas também é o peso da responsabilidade. Para além de fazer merecer os trocos do final do mês. Mas depois de sair do escritório tento esquecer que o trabalho existe. Ele há de estar lá no dia a seguir, pois infelizmente não vai lá aparecer ninguém para adiantar o meu trabalho. Vou para casa descansar, fazer o que realmente me dá prazer para descontrair e descomprimir. É o fruto do nosso trabalho que nos sustenta financeiramente, infelizmente o mundo actual gira em torno do dinheiro e não podemos fugir a isso. Mas se não reservarmos tempo para nós é como que emprestássemos a nossa alma ao diabo em troca de uns trocos. É só um emprego. Empregos há muitos mas vida só há uma.
Para finalizar, uma última palavra sobre um dos grandes causadores de stress: o tempo. Se o tempo nos escapa, stressamos. Para evitar problemas ou confusões dá sempre jeito um prévio planeamento das coisas. Se temos uma consulta médica, há que fazer planos para chegarmos a tempo e dar a devida margem de erro. Mas a cima de tudo, há que ter em mente que não é o fim do mundo se as coisas se atrasarem. Claro que é bom analisar o que correu mal para evitar futuros erros, mas se dermos o máximo, só há que ter a consciência tranquila, foi porque não era possível. Continuamos a ser humanos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fim de semana "à cigano"

Depois de sexta-feira, ontem foi o segundo dia do meu fim de semana "à cigano":) Jantar de anos com os amigos. E hoje foi a vez de toda a famelga vir cá a casa almoçar, pais, irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas. Um típico convívio da minha família, cheio de gente e alegria:)
Há já alguns anos que não fazia um jantar no meu aniversário com amigos, e já me tinha esquecido o quão bom é faze-lo.
A melhor prazer que tenho é o de poder testemunhar a felicidade do próximo. Melhor ainda se essa felicidade é provocada pela nossa existência. Dá-me prazer enorme juntar todos os meus amigos em meu redor e proporcionar-lhes um momento de felicidade único.
Estar na presença daqueles que um dia eram desconhecidos e hoje estão presentes nos momentos que ficam gravados na minha memória.
Os amigos são como uma segunda família. Estão sempre presentes, perdoam nos mais facilmente que outra pessoa. Conhecem nos melhor, sabem dos nossos gostos e segredos.
A festa foi para vocês. Tnks ppl.

Uma palavra sobre o restaurante: O Conde de Telheiras. Até este jantar era me completamente desconhecido, nunca lá tinha entrado e por isso era uma grande incógnita. A única coisa que combinei foram dois pratos pré-escolhidos para que a jantar saísse mais depressa. O resto, desde a comida em si até ao preço podia ter corrido bem ou mal. Felizmente correu tudo bem e o pessoal ficou muito satisfeito. Inclusive o preço, com o desconto da gerência e o meu próprio desconto, até ficou muito em conta. É nestas situações que eu me sinto recompensado. Quando eu falo em dar e receber é nestas alturas que eu recebo. Eu deixo as coisas ao acaso, não me preocupo; e sinto que pelo bem que dou, não mereço que as coisas me corram mal. Não é ciência exacta, mas acredito que há um equilíbrio exacto. Nós é que não damos a verdadeira importância às coisas/situações. Claro que podia ter corrido mal:D

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

22/02/82 - Um dia diferente

Há 26 anos atrás nascia na Cruz vermelha uma bela rapariga que se chamaria Sara, a minha irmã gémea:D
Pois é, hoje foi um dia especial. E por isso, decidi fazer dele um dia diferente. A começar com a marcação de um dia de folga do trabalho.
O Sol até nasceu radiante, mas ao contrário do que se possa imaginar, não era o meu desejo. Não é que eu não goste de dias sol, pelo contrário. Mas no inverno o vento e sol não costumam combinar. No inicio da semana dava previsão de nuvens/chuva com vento. Hoje esteve sol mas sem vento. Tudo isto porque com vento planeava fazer windsurf neste dia de folga, fugindo à limitação de só poder fazer aos fins de semana. Mas o tempo mais uma vez não quis nada comigo e deu-me as voltas:( Deu sol e calor.
Enfim, não deu para fazer windsurf, mas não foi devido a uma contrariedade que deixei de gozar um grande dia. E é assim que tem que ser, pensar positivo. Não posso fazer o plano A, reorganizo e penso num plano B.
E desse plano há que destacar um grande acontecimento, positivo ou negativo depende do ponto de vista. Hoje de manha fui à loja do cidadão registar o "meu" Polo como o meu Polo. O contracto de leasing acabou e fui passar o seu registo para o meu nome. É positivo pois fico com um carro mesmo meu, mas poderá ser negativo, pois também poderei a passar a ter gastos que não tinha antes, como por exemplo o seguro:P, por enquanto é via verde, gasolina e imposto. A ver vamos como é com o resto.
Mas o plano principal deste dia, seria torna-lo mesmo diferente de um dia normal. A começar por não ter que trabalhar. Não passei o dia em frente de um pc, o que acabou por se notar no facto de não aceder ao gtalk durante o dia de trabalho:) Ainda fui com o meu pai à Parede, com um excelente Sol junto à marginal. Y por la tarde, fui a pé ao banco e ao oculista tratar de coisas pendentes. Acertei os pormenores para o jantar de amanha. Ajudei uma das associações de apoio à trissomia 21. E ainda tive tempo de ir ao continente fazer umas compras. Onde aconteceu o insólito, quando estava prestes a dirigir-me às caixas com um carrinho pesado, lembrei-me que hoje fui um daqueles raros dias de não "porco capitalista". E que o meu destino seria voltar a casa a pé com as compras nas mãos:P Ainda repensei nos produtos que levei, mas o peso continuou. Enfim, foram uns 20 minutos a pé com os braços doridos e cansados. Deu tempo para pensar naqueles que realmente não têm possibilidade de ter um carro e que todas as vezes que têm que ir às compras, o fazem a pé. E muito provavelmente têm necessidades não só para si, mas para uma família inteira.
É por isto e por outras, que é ponto assente que eu nunca me queixarei da vida que tenho, por muito mau que possa parecer na altura, há sempre quem esteja pior. Não tenho a melhor vida, mas só tenho a agradecer a Deus por tudo o que tenho. E por isso foi com agrado que fiz o sacrifício de voltar a casa com uns sacos a mais nas mãos:)
Para finalizar o dia, jantar com pais e irmãos cá em casa. Limpeza da casa e cozinhar o próprio jantar:) Eu e a minha mãe estivemos a cozinhar massa chinesa com gambas. No final ainda fiz um pudim de leite. Para quem não sabe, é costume na cultura chinesa servir massa em dias de festas, como por exemplo em aniversários e ano novo. Pois a massa tem um significado de longevidade.
Foi de veras um dia diferente. Acabo o dia estafado. Assim vale a pena.