domingo, 20 de julho de 2008

No Monte da Cegonha

Eu tento escrever com algum regularidade para dar sempre algo novo aos meus muitos, muitos fãs:D E com razão, esta semana queixaram-se que não andava a "pensar". Mas realmente o trabalho nestes últimos dias foram penosos. Eu que gosto de dormir as minhas 8 horas, por vezes nem conseguia estar tanto tempo em casa.
Mas não me vou queixar. Primeiro porque sei que há muita gente que pelos seus fazem mais e têm vidas mais complicadas. Por muito difícil possa ser a minha vida, eu sei que é muito melhor que a vida de muita gente. Não tenho reais razões para me queixar. Tenho é obrigação de não desperdiçar as oportunidades que tenho. E encontrar nestas dificuldades o incentivo positivo para tentar fazer melhor. Não me posso deixar ir a baixo por estas "pequenas" dificuldades. E arranjar a desculpa para esmorecer. Pelo contrário, é aqui que encontramos a força extra para fazer mais e melhor. Pois a recompensa é claramente enorme. A satisfação de dever cumprido é maior, quanto maiores forem as dificuldades.
Por isso, antes de me queixar, quero realçar a beleza que a vida nos dá e o que temos que aproveitar. Se as manhas e as noites estão a ser utilizadas para descansar. Gozo desta linda tarde de sol. Depois de uma manha de verão nublada e a assombrar este belo dia de domingo para escrever o que não consegui durante a semana.
Aproveito o excelente ambiente que se vive na quinta dos meus tios no alto Alentejo e escrevo o que me vai na alma. Inspirado pela bela natureza tranquila e esverdeada. Sempre na presença da minha numerosa família que agora rodeia a piscina na amena cavaqueira. E neste momento ladeado pelos cães que sem razão aparente começaram a ladrar em meu redor:D
Infelizmente o nosso dia a dia é longe deste sossego todo. Na sociedade que vivemos quase que somos obrigados a viver numa metrópole. É lá que se encontra o nosso pão do dia a dia. Mas também é lá que se encontra a poluição, o ruído, as multidões e confusões, o transito, o cinzento e o betão. Não é que seja tudo mau, mas claramente aqui está-se melhor:)
Nos últimos tempos tenho procurado casa para comprar. E tenho visto dentro da cidade. Óbvio que preferia comprar fora de Lisboa, eventualmente junto mar. Mas como faço grande parte da minha vida na cidade, isso obriga-me a pegar no automóvel e perder horas do meu precioso tempo. Todos se queixam da falta de tempo. Não temos mais que 24 horas diárias, temos é que saber como as aproveitamos. E prefiro viver na cidade e poder ir a pé para o emprego como faço actualmente. São 15/20 minutos que tenho aproveitado para fazer as minhas orações diárias. Não há minuto que se desperdiça;)
Por isso se não podemos fugir à vida citadina, há que valorizar estes momentos de convívio com a natureza. E não é preciso ir para fora para encontrar paisagens deslumbrantes ou praias paradisíacas. No nosso cantinho que é Portugal, natureza é o que não falta. O que falta é arranjar um espaço do nosso tempo para aproveitar um ir lá para fora cá dentro.
A paisagem neste meu cantinho é lindo, montes alentejanos ao longe, árvores, plantas e relva em todo o lado. Família unida, tios à sombra da churrasqueira, primos e irmãos dentro e fora da piscina. E um sol maravilhoso.
Neste momento não há preocupações, só há o simples gozo do bom que a vida nos dá.
Por isso deixo os meus pensamentos para o próximo dia e volto para o convívio da família. O centro da nossa felicidade e o fundamental da vida.

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