sábado, 25 de abril de 2009

Querido, mudei a casa!

Acabei de ver um episódio do programa Querido, mudei a casa!.
E é incrível a felicidade e influência que um simples programa pode provocar numa vida. Basta dois dias cheios de vontade e mãos à obra. Não é só ganhar dinheiro, é o transformar do nosso lar, do nosso refugio diário. Dar um novo ar positivo ao nosso recanto do dia a dia.
Naturalmente que no final os agradecimentos para o querido multiplicam-se.
Mas não faria sentido agradecer também a mim e a todos os outros espectadores do programa?
Se não vejamos. Porque é que quem ganha uma casa nova não precisa de gastar um tostão? porque o programa e todos os parceiros suportam os custos.
Pura solidariedade? Um pouco, talvez. Pura, duvido. É que o programa é uma autêntica montra publicitária. Desde vendedores/distribuidores a fazer apresentações in loco dos seus produtos, até ao catalogo que é apresentado no final do programa que etiqueta tudo e mais alguma coisa. Só falta mesmo indicar o preço.
Mas para que esta montra seja produtiva é necessário haver publico. Eu e todos os outros espectadores:)

Não interpretem estas palavras como criticas ao programa, antes pelo contrário. Como referi no início, o programa é uma influência positiva. Naturalmente para quem é ajudado. Para quem ajuda, pois é uma enorme felicidade poder ajudar alguém. Para quem produz e patrocina o programa, pois este já dura há vários anos e se não tivesse lucro duvido que continuasse durante tanto tempo. E a todos nós espectadores que temos a oportunidade de aprender a reciclar moveis, fazer trabalhos de construção e reparação numa casa, absorvemos ideias de design e decoração.

Dois dias de mão-de-obra, mais uns quantos de produção e edição. Mais uma hora por espectador. Resultado: mudança para uma vida inteira.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Disparatar às tantas da manhã

Hoje tenho voo marcado para Barcelona para um daqueles fim-de-semana inesquecíveis:)
O problema é que o sol está quase a nascer e eu ainda estou acordado a resolver problemas de Java Heap Space, NullpointerExceptions, "cannot insert null" em campos obrigatórios da BD. E a aborrecer-me por não dar nada de jeito na televisão enquanto espero por release-local-code, por compilações, deploys, drops all e criação de tabelas, pelo arranque da base de dados ou do servidor.
A quantidade de tempo que uma pessoa perde em fazer nada. As máquinas e as tecnologias são cada vez mais avançadas, cada vez mais rápidas. Mas a exigência também é cada vez maior.
Que bom seria a idade da pedra. Poder passar o dia à volta da fogueira de papo para o ar:) Ou ser um gato ;)
A tecnologia é bom. Vem ajudar os preguiçosos e comodistas. Permite-nos chegar à lua e ao além. Descobrir doenças que toda a gente ignorava. Dá dor de cabeças a aqueles que nada pescam de computadores e aos que pescam mas que já estão fartos dos erros, das más implementações, das falhas, dos bluescreens. Mas curiosamente ainda não estamos na era do Terminator e por isso a tecnologia continua a ser um reflexo da imagem humana. Logo estas imperfeições só vêm demonstrar o quão imperfeitos somos. Ninguém é perfeito. O melhor que podemos fazer é tentar minimizar os nossos erros.
Como por exemplo, não fazer commits de código e esquecer-se de adicionar os novos ficheiros criados. Pois isso implica que toda a gente [neste caso EU] que fizer update deixa de conseguir compilar o código. E se não compilamos o código, não podemos testar o nosso trabalho. E ficamos parados até percebermos o que está a falhar. Depois lá tem que vir o martelo, pois o que dá mesmo vontade é partir tudo e seguir para outra.
Desta só para melhor? não. Desta para maluco. Mais do que já sou:)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Se a nossa vida fosse um jogo de computador.

Para começar, podíamos escolher o tipo de vida que gostaríamos de levar. Ser um gangster ou mercenário. Ser multimilionário ou simplesmente o puto ao virar da esquina. Podíamos ser inclusivamente um carro ou um gato. Ser um gato tem o seu quê de curioso. Um gato tem sete vidas. Um gato cai sempre de pé. Um gato tem uma personalidade própria. Um gato tem garras e é astuto. Acho que se pudesse ser um animal, seria um gato.
Mas um jogo de computador tem muito mais do que escolher uma personagem.
Imaginem ter força ou energia infinita, na distância de um click podemos recarregar. Por exemplo o fim-de-semana passado foi surpreendente ventoso. Coisa rara em Portugal haver um fim-de-semana com tanto vento. Naturalmente tive que aproveitar para dar uso ao meu material de windsurf:) Mas como há já algum tempo que não faço e as condições estiveram tão adversas que sábado à noite já estava de rastos. Que bem vinha a calhar um Energy Pack da mafia:) Mesmo no domingo ao chegar à Lagoa de Óbidos, o frio e a moleza era tal que a ideia de só desfrutar do sol no abrigo do carro chegou a ser mencionada. Mas ainda bem que assim não aconteceu. Resultado: excelente dia de windsurf com 3,7 de vela. Para terem uma ideia, acho que foi a primeira vez que andei com uma vela tão pequena:D
Outra vantagem de um jogo de computador seria que poderia praticar front-loops sem o perigo que me partir todo. Ou entrar à maluca e matar todos os monstros sem sofrer consequências. Correr sem me cansar.
E então a maravilha do save and load? Poder gravar e poder voltar a trás. Is time travelling. Tentativas infinitas. Falhei um penalti? não há problema, voltamos atrás e tentamos de novo. Parti um copo? voltamos atrás e tenho mais cuidado. Comi chocolate a mais? voltamos atrás e emagreço uns quilos.
Seria um mundo sem responsabilidades, sem consequências reais. Porque no fim, desligo o computador e vou dormir.