sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Felizmente para os outros

Estamos a chegar ao final de Agosto. Para muitos é o fim das "ferias grandes". Do típico português que vai com a família para o Algarve. Como por exemplo eu, mas sem família atrás:) É muita gente, é muita confusão, é só tugas e bifes. É tudo verdade. Mas tendo casa livre há que aproveitar. O vento aqui tão perto na praia do alvor é muito bom. Infelizmente não soprou tanto como o ano passado. Felizmente para outros:) Sim, boa praia para mim, é má para o comum dos mortais. Boa praia para eles, não tão boa para mim, já que o vento é um elemento essencial para a prática de windsurf:)
Mas num desses dias, em que me tornei como um "outro" qualquer, observei como é aproveitado um final de dia numa praia solarenga. O sol quase a dizer adeus. Não se identificava pessoas, só perfis à fraca luz do sol. Incógnitos para mim, personagens centrais numa imagem típica de postal.
Um casal de reformados sentados na areia a observar a juventude e a vida que lhes passa em redor. Sossegados no seu cantinho ninguém lhes chateia. Relaxam e pensam na vida. Era nessas altura que pagava para saber os seus pensamentos:) Não tinham propriamente um ar feliz. Problemas económicos? Pensavam na crise? Nas eleições que ai vêm? Problemas com o parceiro? Com o trabalho ou em casa? Pensavam no Sporting? Não sei e talvez nem nunca saberemos. Mas claramente naquele fim de tarde os seus pensamentos absorviam-lhes.
Numa dinâmica completamente diferente, jovens jogavam à bola ou às raquetes. Desportistas por natureza divertiam-se num estádio cheio de veraneantes. O ser humano foi criado para se mover. Os músculos contraem-se e relaxam-se. E é necessário exercita-los para ter a elasticidade nos momentos certos. É por isso que o exercício físico é essencial à vida humana, para uma vida saudável e bela. E estes jovens fazem-no com prazer.
Naturalmente, outro exercício muito praticado na praia são as caminhadas à beira da água. Inúmeras são as pessoas que fazem um belo passeio junto à arrebentação da maré. Até nas pequenas praias abrigadas pelas falésias existe quem ande de uma ponta à outra.
Depois existem aqueles estendidos na toalha a ressacar de um dia intenso de calor. Seja de barriga para cima ou para baixo. Para a esquerda ou para a direita. Qualquer ponto é uma infinita cama de areia.
Nesta altura do dia muitos são os que resistem na penumbra. Mas muitos outros também já se foram embora ou estão a ir.
Na imagem ainda se encontra quem simplesmente conversa com o vizinho do lado. Quem joga às cartas. E fundamentalmente quem ainda goza a "sopa de caldo verde", apesar do arrefecimento normal pela ausência directa do sol. Mas a temperatura da água do mar tem estado mesmo boa. Ainda não chega ao chá de Jeri, mas para os padrões europeus dá e sobra.
No fundo, nada de stress.
As férias foram calmas e relaxantes, essencialmente mental. Pois entre copos, poker, festas, pouco tempo sobra para dormir durante a noite. Durante o dia há praia e há sol. E vento de vez em quando;)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nova visão de Sines.

Agora são 4h da matina, mas por volta das 11h45 da manha de uma segunda-feira esta foi a minha nova visão de sines:



Durante o trabalho não temos tempo nenhum, mas durante as ferias também não. Tentamos aproveitar ao máximo. Jantei em casa dos meus tios. Acabei de vir dos copos de albufeira. Amanhã de manhazinha já vou à praia com o meu primo, depois almoço em casa da minha irmã, e volto para a praia. Infelizmente não tem havido bom vento, se não seriam tardes a navegar, então nestas condições windsurf fica para segundo plano:S
Se possível, nas ferias não paramos, dependendo das opções, podemos não descansar fisicamente, mas pelo menos descansamos mentalmente. Desanuviamos do ambiente de trabalho. Como hoje em dia já não temos as mesmas ferias como tínhamos quando éramos estudantes. Meses e meses de ferias. Neste momento limitamo-nos a 25 dias de ferias, nem chega a um mês de ferias. Alias se contarmos os fins-de-semana que não devemos estar a trabalhar, talvez conseguimos tirar um mês completo.
Mas como estamos limitados ao número de dias de ferias, tentamos aproveitar ao máximo. Tentamos fazer o máximo de coisas. Tentamos aproveitar a 100% o nosso tempo de lazer.
E no fim estamos esgotados.
A verdade é que devíamos conseguir desanuviar durante todo o ano. Nem que seja durante o fim de semana. Assim não precisávamos de esgotar todos os cartuchos durante as ferias de verão.
Infelizmente a crise dura, e o trabalho torna-se mais exigente. Ficamos de mão atadas.
Agosto, por excelência é um mês de ferias. Incrível a quantidade de carros que encontrei na autoestrada. Tanta a gente a rumar ao sul de Portugal. Mas na companhia de Orquestrada lá naveguei por entre carros e 2 horas depois finalmente chego a Armação de Pêra, terra de destino.
Muita coisa me espera. Muito espero destes dias. Há que aproveitar. Há que desfrutar. Há que gozar. Há que apreciar:)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Enfim...é a vida que levamos.

Desta vez nem o proxy da APS me cala. Aparentemente todo o que é google anda a ser bloqueado, inclusive o blogger.com. Mas se juntamos um português que é informático de origem oriental...nada é impossível:)
Enfim, quando uns descansam e outros jogam poker ao sabor do álcool. Outros seguram o estaminé e inclusive atendem telefonemas do CDN. O trabalho está duro, projecto difícil. Mas é melhor ter um trabalho duro do que uma vida dura. O desemprego é cada vez maior. A crise mundial é grande. Os economistas, que pouco fazem de produtivo, não souberam prever o futuro negro da nossa sociedade.
Durante anos pareceu que toda gente ficou mais rica, mas multiplicação dos pães só há um, a multiplicação do dinheiro haveria de acabar e desmoronar toda uma estrutura capitalista.
Enfim2, é o que temos da nossa sociedade de hoje em dia. Não podemos voltar a trás, só temos que olhar para o presente e planear o futuro. Um futuro melhor sonhamos nós todos os dias. A vida é feita de sonhos, mas espero que não sejamos comodista e que nos contentemos pela ronha na cama. Minutos são minutos, horas são horas, o tempo não para e não volta para trás. E mais do que isso, os sonhos não andam se nós não andarmos. Há que fazer, há que lutar, há que exercitar. Acredito que somos recompensados pelo trabalho que fazemos, seja aqui na terra como no céu. Mas lembrem-se que não há almoços grátis.
Enfim3, mais um deploy feito e o turno da noite está pronta para ocupar o seu lugar na Albergaria D.Nuno em Santiago do Cacém. Mas sem antes cair mais uma chamada do CDN. Fazemos por nós, fazemos pelos outros, fazemos por todos. É bom que a recompensa seja eterna, pois o trabalho assim o parece.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sem nada para dizer.

O que é que uma pessoa escreve quando não tem nada para escrever.
Alias, eu não fui uma pessoa muito comunicativa, e por isso acho incrível como há gente que passa o tempo todo a falar. Seja a dizer baboseiras, a dizer coisas interessantes, curiosidades ou fofoquices.
Acho que são os extremos indesejáveis. Não há equilíbrio.
Bem, e o cansaço não ajuda nada ao raciocínio. Faltam-me ideias, imaginação, clareza, pensamentos. Um vazio tremendo, um autêntico buraco negro.

Uma coisa que é muitas vezes tema de conversa: o simples gozo do próximo. Coisa que eu não consigo. Podemos brincar com amigos, mas gozar daqueles que de nada conhecemos. Deus sempre nos ensinou a respeitar o próximo. Desconhecemos por completo razões e passados. Tudo tem explicação. E não devíamos falar sobre o que não conhecemos. Principalmente falar mal. Pois ninguém faz por mal. Somos assim, todos diferentes, todos iguais.

Mas porque gozamos tanto? Simples, porque nos sabe bem. Coloca-nos num patamar superior. Sem defeitos nem feitios. Esquecemos as nossas imperfeições focando nas dos outros. Lá voltamos à questão do rebaixamento em vez do crescimento. Em vez de olharmos para cima, olhamos para baixo. E ficamos corcunda. Depois aparece alguém para nos gozar. E lá recomeça o ciclo. É um ciclo de vícios, e como qualquer vício, só faz é mal.