quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Futuro só a Deus pertence.

Já alguma vez pensaram no controlo que temos nas nossas vidas?
Não imagino que possamos estar dentro do Matrix, mas há tanta coisa que não controlamos que parece insignificante o nosso poder. É claro que somos nós que decidimos se fazemos o bem ou o mal. Se vamos pela esquerda ou pela direita. Claro que mesmo as nossas pequenas decisões influenciam a nossa vida. Como a percorremos, como a moldamos, como a criamos.
Mas ninguém prevê se amanha não vamos estar envolvidos num acidente. Ninguém consegue controlar e antecipar com exactidão o comportamento do próximo. Ninguém controla o meio que o envolve. Ninguém pode, consegue, sabe ao certo.
Por exemplo, a minha viagem do Cairo para Dahab. Planeei ir de autocarro de Sharm El Sheikh para Dahab, mas acabei por me aventurar ainda mais e ir na companhia de backpackers na traseira de uma pick-up:)
Ou por exemplo, neste momento estou à espera para ir à medicina do trabalho, quem sabe se eles descobrem que eu tenho uma doença rara e maligna, e que me vai obrigar a mudar de vida, a passar a ir regularmente ao hospital, a tomar mil e um medicamentos só para tentar voltar à vida que sempre conheci?
Ou nunca sabemos quem vamos encontrar ou conhecer ao virar da esquina. Quem sabe se aqui na recepção não vou conhecer a mulher da minha vida? ;) Então nestas viagens pelo mundo fora, principalmente a solo, acabamos por conviver e conhecer muita gente. Não é que vamos manter contacto com todos eles, mas um ou outro há-de ficar.
A vida está cheia de imprevistos. E ainda bem, é isso que dá alegria e faz mover as nossas vidas. A minha ida para Dahab deu-me uma experiência e uma história para a vida, muito mais do que podia imaginar. Não teria gozo uma vida onde poderíamos planear e antecipar tudo o que iria acontecer. Seria uma vida sem sal.
Claro que podemos e devemos planear para prevenir o futuro e acautelar imprevistos indesejados. Mas temos que compreender que não conseguimos controlar tudo.
No fundo a única coisa que podemos realmente fazer é estar atento à convocatória e tomar em consciência as nossas próprias decisões. Estar atento às oportunidades. E a cima de tudo saber viver com tais opções e as suas consequências.

1 comentário:

Miguel disse...

Não podia estar mais de acordo.. e nada melhor que viajar!