domingo, 20 de junho de 2010

O outro lado do planeta.

São praticamente 3h da manhã em Lisboa. 10h em Shanghai. 12h na Austrália.
Realmente estive no outro lado do planeta:)
Depois da última etapa que durou mais que um dia, já estou de volta ao ponto de partida. Um bom físico diria que se o ponto de partida e o ponto de chegada são os mesmos, então o trabalho realizado seria nulo. Não haveria custo. Eu diria que na factura vai aparecer três semanas de férias e alguns milhares de euros. Mas não interessa pois todos os momentos foram preciosos. O custo final até pode ter sido mais do que se pretendia, mas há coisas que não têm preço. E esta experiência toda não tem realmente preço. Há experiências e vivências que não são possíveis de quantificar. Tenham elas sido caras ou baratas. Uma experiência "low cost" poderá ser tão valiosa quanto um "charter":D Aliás deverão ser duas experiências distintas mas igualmente gratificantes.
Por isso, mesmo no mundo capitalista de hoje, ainda há espaço para sermos felizes.
Mas também compreendo que felizmente eu tenho condições para levar a vida que levo. Pois mesmo low cost pode significar impossibilidade para muita gente. A china exemplifica bem essa ideia. O povo é maioritariamente pobre. Sem possibilidades. Faz o que pode para sobreviver.


E por todas as experiências adorei ter estado na China. Apesar de não ser a primeira vez que me encontro no império do meio.
Pude estar com a minha querida Tia. Conheci amigos. Comi jiaozi, shiao long pao, shui mai, wantan, har kau, etc, etc, etc.
Redescobri Shanghai e todo o seu esplendor. Uma cidade de futuro risonho. Sempre em metamorfose. Sempre a crescer. A Expo 2010 ainda vai a meio e já estão a construir as novas infraestruturas para o mundial de natação a decorrer em 2011.
Em 12 anos muita coisa mudou. Está uma cidade madura. Devido à influência económica do mundo do exterior, a cidade tem se ocidentalizado.


Mas sem perder a disciplina que caracteriza o povo socialista. E preservando os seus bairros e mercados mais característicos.


E depois há o próprio povo chinês e a sua cultura. Onde a palavra cavalheirismo não deve existir. O conceito de higiene ainda não chegou a todas as classes. Sempre stressados para serem os primeiros a passar, mesmo que para isso implique furar filas. O conceito de passagem de peões na estrada ainda está por definir, já que o peão é quem tem menos prioridade em que situação for. A facilidade com que buzinam é bem maior que o uso do pisca.
Com uma das economias em maior crescimento, a China ainda tem muito que aprender para viver como um país civilizado.

De um lado completamente oposto há todo o continente australiano. Naturalmente que a primeira coisa que se nota é que se conduz pela esquerda:) Mas caracteriza-se por uma civilização calma e relaxada. O simples aproximar do peão à passadeira faz com que os carros em ambos os sentidos parem para ceder passagem. E não é naquela de abrandar e ir avançando devagarinho para pressionar os transeuntes. É mesmo imobilizar o carro até não haver mais.
Ao contrário da cultura milenar chinesa, a Austrália é um povo relativamente recente e por isso tem pouca história, poucas raízes, pouca cultura própria. Então muitos conceitos são importados de Inglaterra e dos Estados Unidos. E estando encaixados num dos cantos do mundo, puderam de certa forma controlar a importação do melhor que se faz. A qualidade de vida dos australianos é bastante boa. Inúmeros espaços verdes.


O desporto faz parte natural do dia a dia. Vê-se imensa gente a fazer jogging, e a praticar desportos colectivos.
Os subúrbios estão cheios de moradias e pequenas habitações. Mas o centro está repleto de altos prédios.



E claro que em Sydney não posso deixar de mostrar o famoso Opera House com a Harbour Bridge como fundo.


Brisbane é mais pequena que Sydney, mas segue os mesmo princípios. Qualidade de vida:) Mas já Cairns é diferente. A dimensão não tem nada a ver. Cairns é uma pequena cidade que neste momento foca-se essencialmente no turismo de mergulho e nos backpackers. Se bem que as espaços verdes continuam presentes.


E o mergulho na Grande Barreira de Corais é excelente. Infelizmente não tenho máquina fotográfica para vos trazer imagens. E acabei por nem fazer snorkling. Mas acreditem que as imagens que guardo na memória são espectaculares:D
Que o diga que o fez pela primeira vez:


HEHEHEHE!

A Austrália também se caracteriza pelos seus animais únicos, só citando alguns, como o canguru, ou o koala, ou o crocodilo.



Ou então pelo verde das florestas tropicais.


E claro está, também há que contar com os aborígenes.


Para além disto tudo, ainda há praticamente um continente inteiro por descobrir. Mas foi o possível com o tempo disponível.

E entretanto já não são 3 de manha, mas sim 7h:D a luz do Sol começa a espreitar pela janela. E eu continuaria aqui infinitamente, mas não pode ser.
Até porque a vida nunca pára. E todos os dias novas historias, novas memórias, novas experiências são vividas. Não nos deixemos estagnar, parar ou bloquear.
Mexam-se! Pois se chegaste ao fim deste post, significa que ficaste parado um bom bocado...LOLOL

Estudamos o passado, vivemos o presente, planeamos o futuro.

Por isso vou recordar esta viagem para sempre. Entretanto vou me fazer à vida e seguindo o exemplo dos australianos vou fazer uma corrida matinal. Enquanto imagino os próximos voos;)

Sem comentários: